Polícia Civil de Alagoas inicia projeto 'Polícia pelo Cidadão'
Iniciativa dá celeridade ao trabalho de investigação da PC
Trabalhar com proximidade é uma das metas estabelecidas pelo Governo do Estado. Fotos: Larissa Wilson/Emerson Lima |
A Polícia Civil de Alagoas iniciou, na manhã desta quarta-feira
(27), a fase final do projeto “Polícia Civil pelo Cidadão”, nas
delegacias de Matriz do Camaragibe, Maragogi, Porto de Pedras e São
Miguel dos Milagres.
A ideia do projeto partiu do próprio delegado-geral Paulo Cerqueira e
tem como objetivo dar a sociedade respostas a questões relativas ao
cidadão, seja como autor ou vítima, visando esclarecer demandas
pendentes em inquéritos policiais.
O trabalho, que está inserido na atividade fim da Polícia Civil,
possibilitará a conclusão de forma mais célere dos inquéritos
existentes, ao tempo em que, também, conseguirá fazer com que a sensação
de impunidade seja combatida.
O projeto tem, entre seus objetivos, a intenção de reduzir o número
de inquéritos acumulados nas delegacias pertencentes a regional de
Matriz de Camaragibe: Porto Calvo, Maragogi, São Luiz do Quitunde, Passo
de Camaragibe, Porto de Pedras, Japaratinga e São Miguel dos Milagres. A
atual direção da Polícia Civil criou uma força tarefa volante formada
por cerca de 180 policiais entre delegados, escrivães e agentes.
O “Polícia Civil pelo Cidadão” foi concebido em três fases: Na
primeira, foram solicitados inquéritos acumulados, que passaram por
análise de equipes da delegacia geral e que geraram ordem de missões,
intimações e representações. A maior parte dos inquéritos pendentes são
do ano de 2014 e alguns de 2011 dos sete distritos policiais da região.
Na segunda fase, equipes do Tigre (Tático Integrado de Grupamento de
Resgates Especiais), Asfixia e Geai (Grupo Especial de Apoio
Investigativo) se deslocaram para a região e cumpriram mandados, além de
outros procedimentos policiais inerentes a atividade da Polícia Civil.
Ao mesmo tempo, contribui com a segurança pública no tocante a presença
ostensiva durante o trabalho realizado, pois ao deparar-se com qualquer
atitude suspeita fará a abordagem de rotina.
Já na fase conclusiva do projeto, que acontece neste dia, pessoas
envolvidas em crimes e testemunhas prestam depoimento nas delegacias.
A expectativa é de que 50% dos inquéritos encaminhados sejam
concluídos e enviados para a Justiça. Nesses inquéritos, a polícia
investiga crimes de homicídios, roubos, furtos, pedofilia, receptação,
entre outros. Cerca de 80% deles tem envolvimento com drogas.
Para o delegado-geral Paulo Cerqueira, o trabalho da força tarefa
ajuda a responder de forma mais célere à sociedade. “Com o deslocamento
temporário de policiais para a região, conseguimos suprir a carência do
efetivo local e acelerar as investigações dos inquéritos que estavam em
andamento”, explicou.
Durante os depoimentos, Sandro Marinho, que trabalha como serviços
gerais de um hotel da cidade de Maragogi, foi ouvido por policiais civis
do Geai. Ele é pai de uma jovem que sofreu uma tentativa de homicídio e
esclareceu em que situações o crime ocorreu. Outro familiar de vítimas
de crime foi ouvido durante o projeto - foi o trabalhador rural José
Amaro.
Ele era irmão de um homem que foi morto há cerca de seis meses,
durante um acidente de motocicleta e ainda não tinha sido ouvido pela
polícia. “Espero que agora consiga responsabilizar o culpado”,afirmou o
trabalhador rural.
De acordo com Ricardo Dias, assessor da Delegacia Geral da Polícia
Civil, durante todo o dia os cartórios das delegacias atendidas pelo
projeto funcionarão com apoio de equipes ostensivas. Segundo ele, em
Maragogi seis cartórios funcionarão na Universidade Aberta- Polo
Maragogi e outros quatro na própria delegacia da cidade.
Já em Matriz do Camaragibe, Porto de Pedras e São Miguel dos Milagres
três cartórios funcionarão nas sedes dos distritos policiais de cada
município.
Blog Adalberto Gomes Noticias com Agência Alagoas
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