Em depoimento, padrasto de Dyllan relata surras e confessa ser usuário de cocaína


Casal é suspeito de matar menino de 3 anos em Arapiraca 
 
O portal TNH1 e a TV Pajuçara teve acesso com exclusividade à parte do depoimento de Meydson Alysson da Silva Leão, padrasto e principal suspeito de ter assassinado o menino Dyllan, de apenas 3 anos, encontrado morto na casa da mãe, Joyce Soares, no último dia 21, com sinais de espancamento.  

No documento, cedido por um dos advogados de defesa do padrasto da criança, Arnaldo Cordeiro dos Santos, Meydson afirma  que “[...] é usuário de drogas (cocaína), já tendo ficado internado por cerca de 03 (três) meses antes de conhecer a Joyce e o Dyllan; e que pelo menos por duas vezes já usou a droga neste mês de janeiro/2016; também afirma que não usa drogas dentro de casa”
Durante todo o depoimento, o padrasto de Dyllan relatou diversos momentos de violência contra a criança, contando os momentos em que o garoto foi espancado pelo casal. Meydson admitiu já ter batido na criança com “chinelos, cinto e fios” e reiterou que Joyce era muito agressiva com o filho. 
“Batia na criança com as mãos, com chinelos, com cintos e com fios, ao ponto de já ter marcado o corpo da criança com os fios; Que afirma que a Joyce também batia na criança com cintos, com fios, mãos e chinelos e reitera que ela era muito agressiva tanto com o declarante quanto com a criança”
 
Menino apanhou dias seguidos
 
Ainda de acordo com o documento, Dyllan vinha sofrendo agressões constantemente, e teria apanhado por três dias consecutivos antes de morrer. Na véspera da morte do menino, na quarta-feira (20), o padrasto afirmou ter batido na criança pela manhã usando sandália e fios por motivos pouco convincentes.
"Na véspera de sua morte ele apanhou pela manhã porque o mesmo estava abrindo e fechando a geladeira, e à tarde, porque ele vomitou na cama após ter tomado água e danone. Reitera que em nenhum momento imaginou que suas surras pudessem resultar na morte da criança"
 

Na terça (19), Meydson também confessou ter agredido a criança por pelo menos duas vezes. Nesse mesmo dia, o padrasto afirmou que Dyllan caiu e bateu a cabeça na parede, após ter tropeçado em um fio, que foi puxado por Meydson por acidente.
"A criança caiu por duas vezes na casa, no domingo (17) e na segunda-feira (18), batendo a cabeça no chão", afirma o documento. "No domingo foi no chão molhado da cozinha e na segunda caiu do berço".
Também na segunda (18), segundo o documento, Meydson afirmou ter visto Joyce brigando e puxando o cabelo do garoto pela tarde, e batendo novamente em Dyllan na noite do mesmo dia, dentro de seu quarto.
"Na noite antes da morte da criança afirma que deu banho no menino e viu o corpo com marcas roxas mas não ligou muito porque era comum o mesmo ficar com marcas, pois era branquinho". 
 
 
Outro fato que chama atenção no documento é a afirmação de que, ao retornar para casa na noite anterior à morte do menino, Meydson encontrou o ambiente silencioso. "Retornou para casa às 22h e encontrou Dyllan deitado no berço, quieto, tendo pedido apenas água"

Por TNH1

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