Menino de 12 anos morre afogado em trecho do Canal do Sertão em Olho D’água do Casado
Garoto teria escorregado na margem do canal, durante momento de distração de parente que estava com ele
Imagem Canal do Sertão
Imagem Canal do Sertão
Um garoto de 12 anos de idade morreu afogado, na manhã desta
terça-feira (25), por volta das 9h, no trecho 3 do Canal do Sertão,
localizado no povoado Poços Salgados, zona rural de Olho D’água do
Casado. A vítima foi identificada como Jean Carlos Lins dos Santos.
O menino estava na companhia de um tio e havia aproveitado um momento
de distração dele para se aproximar da margem do canal, onde teria
escorregado no paredão e caído nas águas de uma localidade que tem
aproximadamente 4 metros de profundidade. Sem saber nadar, o homem
relatou que viu o sobrinho se afogar, sem poder fazer nada para
salvá-lo.
O corpo do garoto foi resgatado por uma equipe do Corpo de Bombeiros
Militar (CBM) e levado para o necrotério do hospital Antenor Serpa, em
Delmiro Gouveia, de onde foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML)
de Arapiraca.
Essa é a terceira vítima de afogamento em trechos do Canal do Sertão.
O primeiro caso aconteceu no dia 29 de dezembro do ano passado, quando o
adolescente Felipe Olanda Queiroz, 15, escorreu e caiu dentro do canal,
em Água Branca. O segundo foi registrado no dia 4 de junho deste ano,
no mesmo trecho do primeiro caso. A vítima foi o agricultor Manoel
Messias Lima, 41.
O prefeito de Olho D’água do Casado, José Gualberto Pereira,
integrante da Comissão de Gestão do Canal do Sertão, lamentou a morte da
criança e informou que ainda não há uma maneira de proteger a margem do
canal. “Vou levar a sugestão para a reunião da comissão que vai
acontecer no início do próximo mês, mas acho que não há como criar uma
barreira de proteção, por conta da grande extensão do canal”, disse.
O gestor concluiu que a conscientização das pessoas para não entrar
no canal ou chegar muito próximo das margens é a melhor maneira de
evitar tragédias. No entanto, o advogado sergipano Manoel Filho disse
que é responsabilidade do Estado, como criador do risco, oferecer
proteção e que por isso o mesmo pode ser acionado na Justiça pelos
familiares das vítimas.
Por Jota Silva/ Minuto Sertão
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