Lei de Cotas completa três anos
A lei que estabelece cotas nas universidades públicas completa três
anos hoje. Ela determina no mínimo 50% de vagas para estudantes que
tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Desse
valor, metade é destinada a estudantes de famílias com renda igual ou
inferior a 1,5 salário mínimo.
De acordo com dados da
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), do
Governo Federal, o sistema já ofertou cerca de 150 mil vagas. A
estudante de Direito da UFC Louise Anne de Santana é uma das
beneficiadas. Para ela, as cotas são paliativas, mas garantiram mais
equilíbrio entre os acessos de estudantes de escolas particulares e
públicas.
As cotas adotadas pelas instituições públicas de
ensino superior dividem as vagas raciais e de renda em proporção no
mínimo igual à presença dos grupos na população do estado onde fica a
instituição. Para o professor Hilário Ferreira, a forma como essa
divisão é feita “indica um problema de ‘camuflagem do racismo’”. Segundo
ele, o maior desequilíbrio está em questões raciais, não sociais.
Para
o coordenador do Laboratório de Estudos da Pobreza, da UFC, João Mário
de França, “o ideal era que não precisasse de cotas. Independente da
classe, todos deveriam ter as mesmas oportunidades”. (Igor Cavalcante/Especial para O POVO)
Por o POVO online
Nenhum comentário