Ministério da Saúde libera R$ 385,8 mil para cirurgias eletivas em Delmiro Gouveia
Imagem Adalberto Gomes |
O município de Delmiro Gouveia, em Alagoas, receberá R$ 385,8 mil para
realização de cirurgias eletivas. No total, o município produziu 300
cirurgias eletivas em 2017. Com isso, mais recursos estão sendo
disponibilizados para as cidades que comprovaram cumprimento da meta de
produção estabelecida. Os estados que cumpriram a meta estabelecida em
portaria para que municípios pudessem organizar a produção de mutirões
de cirurgias eletivas, terão a oportunidade de receber o dobro dos
recursos pagos no último semestre, ou seja, poderão realizar ainda mais
procedimentos, diminuindo o tempo de espera dos pacientes que aguardam
por uma cirurgia eletiva.
“Municípios que já conseguiram organizar a fila única têm a oportunidade
de reduzir ainda mais a fila de espera dos pacientes que aguardam por
alguma cirurgia. A medida visa reforçar as estratégias de ampliação aos
procedimentos eletivos, garantindo o melhor encaminhamento e tratamento
dos pacientes. Essa iniciativa vai ajudar a diminuir a demanda e a
reorganizar a lista de espera”, reforçou o ministro da Saúde, Ricardo
Barros.
Estão previstas entre as cirurgias eletivas procedimentos de média e
alta complexidade, sem caráter de urgência, como cirurgias de pele,
tecido subcutâneo, oftalmológicas; cirurgias das glândulas endócrinas;
cirurgias do sistema nervoso central e periférico; cirurgias das vias
aéreas superiores, da face, cabeça e pescoço; cirurgias e oncológicas;
cirurgias do aparelho circulatório e digestivo e cirurgias do aparelho
osteomuscular. Esses procedimentos fazem parte da rotina dos
atendimentos oferecidos à população nos hospitais de todo o país, de
forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde.
FILA ÚNICA
Em 2017, o Ministério da Saúde, em uma ação conjunta com estados e
municípios, adotou o modelo de fila única para cirurgias eletivas em
todo país. Foi feito um levantamento inédito de toda a demanda do SUS
por estado para organizar a rede de saúde, acelerar o atendimento do
cidadão e reduzir o tempo de espera. Para isso, além do valor repassado
mensalmente, foram garantidos R$ 250 milhões extras. Parte desse valor
já foi liberado para realização de mutirões, o equivalente a R$ 41,6
milhões.
Para receberem os recursos, estados e municípios deveriam,
obrigatoriamente, estar com a fila única atualizada e cadastrada junto
ao Governo Federal, o que garante mais transparência e agilidade no
atendimento aos pacientes, que muitas vezes ficam sujeitos à lista de
espera de um único hospital e deixam de concorrer a vagas disponíveis em
outras unidades de saúde da região.
DEMANDA
Em julho deste ano, quando foi fechada a primeira lista para cirurgias
eletivas no SUS, haviam 804.961 solicitações. Com base nesses dados, o
Governo Federal realizou uma análise detalhada das informações recebidas
e constatou algumas inconsistências, como a existência de duplicidade
dos cadastros. Após a avaliação, feita pela Ouvidoria do SUS por contato
telefônico, chegou-se à conclusão de que havia 667.014 pacientes
aguardando por algum procedimento eletivo no país.
As três cirurgias mais demandadas são as do aparelho digestivo, órgãos
anexos e parede abdominal (185.666), aparelho da visão (137.776) e
aparelho geniturinário (121.205). Além dessas, também estão na lista
pequenas cirurgias, cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa, das
glândulas endócrinas, do sistema nervoso central e periférico, das vias
aéreas superiores, da face, cabeça e pescoço, cirurgias oftalmológicas e
oncológicas, do aparelho circulatório e do aparelho osteomuscular.
Os recursos extras poderão ser utilizados para ampliar o acesso da
população aos procedimentos, reduzindo fila de espera para cirurgias
eletivas nos municípios, mas os gestores locais podem utilizar também os
recursos regulares de média e alta complexidade, repassados pela pasta
mensalmente para todo o Brasil. Em 2017, a pasta repassou aos estados e
municípios o montante de R$ 49,3 bilhões para custeio de ações, serviços
e procedimentos, incluindo cirurgias eletivas.
Por Agência Saúde
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