Especialista da Sesau alerta para cuidado com qualidade de água da torneira
métodos caseiros podem ser realizados com recursos simples, deixando esse líquido precioso livre de bactérias, vírus e parasitas que podem trazer sérios problemas à saúde Foto: Carla Cleto |
A água, tão necessária à vida do
ser humano, é uma das substâncias mais importantes para a sobrevivência
do homem. Entretanto, ela também é veículo para transmissão de várias
doenças, sendo necessária a observação de sua qualidade antes do consumo
ou contato. A gerente de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria de
Estado da Saúde (Sesau), Elizabeth Rocha, orienta a população a cuidar
da qualidade da água que vem da torneira, especialmente aquela destinada
para ingestão, preparo de alimentos e higiene.
Segundo ela, métodos caseiros podem
ser realizados com recursos simples, deixando esse líquido precioso
livre de bactérias, vírus e parasitas que podem trazer sérios problemas à
saúde. Elisabeth Rocha diz que a melhor forma de limpar a água e
torná-la apropriada para o consumo humano é usar o hipoclorito de sódio a
2,5% e fazer a limpeza das caixas d’água, visando garantir que todo o
líquido consumido esteja potável.
No caso do hipoclorito de sódio, é
importante colocar três gotas do produto em cada litro de água e deixar
descansar por 30 minutos. Depois disso, a água estará pronta para o
consumo. Os frascos de hipoclorito de sódio, próprios para diluir na
água de beber e cozinhar, podem ser encontrados nos postos de saúde
municípios.
Com a caixa d’água, a recomendação é
que a limpeza seja realizada com escova de naylon, água e hipoclorito de
sódio, a cada seis meses. O processo é simples, barato e representa
saúde para toda a família.
Se não for limpa e mantida fechada
corretamente, há risco de contaminação da água por microorganismo
patogênico, como vírus e bactérias, que podem causar doenças, como
diarreias, hepatite A, cólera, paralisia infantil, febre tifóide e
salmonelose. "É possível receber uma água de boa qualidade e,
caso a caixa d’água esteja suja, o indivíduo vai ter ali uma
contaminação que pode transmitir doenças de veiculação hídrica, a
exemplo de diarreia”, alertou Elisabeth Rocha.
Alerta – Por ser proveniente
da chuva, a água obtida não é considerada potável, visto que pode conter
partículas de poeira e fuligem, até sulfato, amônio e nitrato. Deste
modo, não é adequada para consumo humano sem que passe por um
tratamento.
Ainda assim, pode ser usada nas
tarefas domésticas que mais consomem água, como lavar a calçada, o
carro, inclusive na descarga do banheiro, que é um ponto crítico de
consumo, pois pode gastar até nove litros a cada acionamento.
Contudo, a cisterna de placas – um
tipo de reservatório d’água cilíndrico, coberto e semienterrado –
permite a captação e o armazenamento de água das chuvas, aproveitadas a
partir do seu escoamento nos telhados das casas, através de calhas de
zinco ou PVC.
“A cisterna de placas permite o
armazenamento de água para consumo humano em reservatório protegido da
evaporação e das contaminações causadas por animais e dejetos trazidos
pelas enxurradas, desde que o seu consumo seja feito com hipoclorito de
sódio ou que seja colocado em filtros tradicionais de barro, com câmara
de filtragem de cerâmica”, recomendou Elisabeth Rocha.
Conforme pesquisas norte-americanas,
os filtros de barro são muito eficientes na retenção de cloro,
pesticidas, ferro, alumínio, chumbo (95%) e ainda retém 99% de
criptosporidiose, um parasita causador de doenças.
Fossas – Já as fossas sépticas
devem ser instaladas a uma distância de pelo menos 15 metros da casa e
longe de poços artesianos. Isso porque, elas podem podem contaminar o
lençol freático e, consequentemente, a água para consumo humano, o que
leva a uma grande incidência de verminose e outras doenças causadas por
coliformes fecais.
A gerente de Vigilância em Saúde
Ambiental da Sesau ressaltou que lavar as mãos é uma atitude simples,
rápida e eficiente para prevenir a disseminação de infecções. Todavia,
ainda é um hábito adotado com pouca frequência. De acordo com ela, a
higiene das mãos remove o suor, a oleosidade e as células mortas, o que
impossibilita a formação de um ambiente propício à permanência e à
proliferação de vírus, fungos e bactérias.
“Principais vias de transmissão de
germes e microrganismos em geral, as mãos devem ser lavadas sempre que
estiverem visivelmente sujas, antes e depois das refeições, de assoar o
nariz e de usar o banheiro, por exemplo. Se as mãos não forem limpas,
ações simples e corriqueiras como coçar os olhos, o nariz, a boca, falar
ao telefone, contar dinheiro e utilizar o transporte público, podem
causar uma série de doenças”, frisou. Elisabeth Rocha.
No caso das crianças com diarreia, a
principal recomendação da gerente de Vigilância em Saúde Ambiental da
Sesau é que elas tomem muito líquido, como água, sucos, água de coco,
chás e o soro caseiro. “Também é importante manter uma alimentação leve e
esperar que a situação passe. Entretanto, se tal sintoma persistir, é
necessário procurar um posto de saúde mais próximo da residência”,
recomendou.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
Nenhum comentário