Produtores de Alagoas lamentam morte do rebanho por causa da seca
Palma forrageira, usada na alimentação do gado, está murcha. Com pasto seco e reservatórios vazios, eles morrem de fome e sede.
Imagem ilustrativa |
A seca está castigando todo o estado de Alagoas, mas no Sertão, os reflexos da estiagem são sentidos com mais intensidade. Com pastos secos e reservatórios vazios, os produtores estão vendo o gado morrer de fome e sede.
Na cidade de Dois Riachos, no Sertão, o açude Pai Mané abastecia centenas de famílias da região, mas hoje ele está com 5% da capacidade e a água já não serve mais para dar ao gado. “A água fica armazenada e fica o sal todo no reservatório. Mas o gado só bebe depois de três dias porque eles estão morrendo de sede”, lamenta o produtor Antonio Melo.
O produtor conta que em dezembro perdeu duas das quatro vacas que tinha. Para não parar a atividade, ele recebeu emprestado da cooperativa, outras duas vacas. “Sertanejo é aquela pessoa que tem muita fé em Deus. Porque sem fé, nós não temos nada”.
Na cidade de Major Izidoro onde havia pasto, hoje só tem areia. O produtor de leite Rinaldo Soares diz que conta apenas com 25 cabeças de gado leiteiro. Manter o rebanho produzindo tem sido um desafio. Por causa do calor, a palma forrageira, planta que armazena água e faz parte da dieta do gado murchou.
“Ela não conseguiu resistir. O sol está muito forte e a plantação está se acabando. Por isso não é bom dar para o gado a palma seca, mas é tudo o que tenho para que eles não morram de fome”, afirma o produtor de leite Rinaldo Soares.
Rinaldo é associado a uma cooperativa de produtores de leite que fornece o produto para o Programa do Leite, do governo de Alagoas. Ele conseguiu há três meses, através de uma ação emergencial do governo do estado, receber nove toneladas de bagaço de cana para ajudar na alimentação dos bichos.
O bagaço foi doado pela Secretaria Estadual de Agricultura. Os produtores pagam o frete. É assim que eles estão conseguindo manter os animais de pé e produzindo, mas o bagaço não pode ser dado puro.
A orientação é misturar com a palma forrageira para servir de volumoso, substituindo o pasto. Mesmo com a palma murcha, é assim que Rinaldo está matando a fome do rebanho, que já emagreceu.
Outro problema é a água. A reserva é pouca e os produtores têm que economizar. “Essa água eu pego a um quilômetro daqui. Ela é salgada, mas os animais bebem mesmo assim”, lamenta o produtor.
Por G1/AL
Na cidade de Dois Riachos, no Sertão, o açude Pai Mané abastecia centenas de famílias da região, mas hoje ele está com 5% da capacidade e a água já não serve mais para dar ao gado. “A água fica armazenada e fica o sal todo no reservatório. Mas o gado só bebe depois de três dias porque eles estão morrendo de sede”, lamenta o produtor Antonio Melo.
O produtor conta que em dezembro perdeu duas das quatro vacas que tinha. Para não parar a atividade, ele recebeu emprestado da cooperativa, outras duas vacas. “Sertanejo é aquela pessoa que tem muita fé em Deus. Porque sem fé, nós não temos nada”.
Na cidade de Major Izidoro onde havia pasto, hoje só tem areia. O produtor de leite Rinaldo Soares diz que conta apenas com 25 cabeças de gado leiteiro. Manter o rebanho produzindo tem sido um desafio. Por causa do calor, a palma forrageira, planta que armazena água e faz parte da dieta do gado murchou.
“Ela não conseguiu resistir. O sol está muito forte e a plantação está se acabando. Por isso não é bom dar para o gado a palma seca, mas é tudo o que tenho para que eles não morram de fome”, afirma o produtor de leite Rinaldo Soares.
Rinaldo é associado a uma cooperativa de produtores de leite que fornece o produto para o Programa do Leite, do governo de Alagoas. Ele conseguiu há três meses, através de uma ação emergencial do governo do estado, receber nove toneladas de bagaço de cana para ajudar na alimentação dos bichos.
O bagaço foi doado pela Secretaria Estadual de Agricultura. Os produtores pagam o frete. É assim que eles estão conseguindo manter os animais de pé e produzindo, mas o bagaço não pode ser dado puro.
A orientação é misturar com a palma forrageira para servir de volumoso, substituindo o pasto. Mesmo com a palma murcha, é assim que Rinaldo está matando a fome do rebanho, que já emagreceu.
Outro problema é a água. A reserva é pouca e os produtores têm que economizar. “Essa água eu pego a um quilômetro daqui. Ela é salgada, mas os animais bebem mesmo assim”, lamenta o produtor.
Por G1/AL
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