Alagoas: Alta no preço do Feijão pega consumidor alagoano de surpresa nos supermercados

 

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O preço do feijão disparou nos supermercados e tem pegado muito consumidor de surpresa. A variação tem sido em média de 48% em relação ao preço anterior e o quilo do alimento mais consumido na mesa dos brasileiros está sendo encontrado por até R$ 11,00 nos estabelecimentos da capital alagoana.

Mesmo com alta, o economista Rômulo Sales garante que o alagoano não deixará de comprar o produto nos supermercados por se tratar de um item básico na alimentação. “É possível que as pessoas deixem de comprar outros produtos para garantir o feijão. Já outras podem trocar por outro alimento que substitua, mas isso não é regra”, comenta ele. 

O economista alerta que essa alta do preço afetará diretamente os consumidores que dependem de salário mínimo. A comerciante Fátima Ferreira se surpreendeu ao ir ao supermercado próximo a sua residência, no conjunto Eustáquio Gomes, e ver que o preço do quilo do feijão chegava a custar R$ 10. Com a alta no preço, ela diz que a ordem é evitar o desperdício em sua residência.

 “Semana passada comprei o quilo do feijão a R$ 7 e neste fim de semana os preços já tinham subido. O feijão vai começar a ser artigo de luxo com esse preço e não dá para desperdiçar comida. Espero que não tenha mais aumento”, disse.

Preço é sazonal

O presidente da Associação dos Supermercados em Alagoas (ASA), Roberto Barreto coloca que a alta dos preços é atribuída a uma sazonalidade da safra do produto, principalmente depois do período de estiagem, que atingiu os principais estados onde o produto é produzido.

O aumento não está sendo exclusividade na mesa do Alagoano, mas em quase todo o país. “O preço do feijão depende muito da época e das condições da safra. Estamos passando por um período de alta no preço, mas o feijão é um produto que não falta nas mesas das famílias”, disse Barreto.

O fornecimento do feijão para Alagoas é feito por produtores do sul do país. Barreto explica que no estado o alimento é produzido na região do sertão, mas que devido a seca os agricultores não cultivaram.

O represente dos supermercados explica ainda que quando se tem a produção no estado, o preço do feijão nas prateleiras diminui bastante. Em uma pesquisa realizada pelo CadaMinuto, o feijão tipo carioca apresentou uma maior oscilação em seu valor e pode ser encontrado por R$ 8,19 até R$ 11,00.

O feijão preto varia entre R$ 6,10 a R$ 8,90. Já o feijão fradinho, no valor de R$ 3,69 e R$ 5,00, tem saído mais em conta e pode ser usado pelo consumidor para substituir o feijão carioca, mais tradicional nas mesas.  

Por Gilca Cinara /Cada Minuto