Instituto de Criminalística identifica origem de dinheiro apreendido na AL-220, entre a divisa de Delmiro Gouveia e Olho D´Água do Casado
Cédulas que foram mutiladas e dilaceradas eram autênticas e totalizavam R$ 11.350 (Fotos: Ascom/Perícia Oficial) |
A seção de Documentoscopia do Instituto de Criminalística de
Alagoas concluiu a análise feita em cinco sacolas com fragmentos
mutilados e dilacerados de cédulas de real apreendidas durante operação
integrada das polícias Civil e Militar na rodovia AL-220, entre a divisa
de Delmiro Gouveia e Olho D´Água do Casado. O material periciado foi
produto de um roubo ocorrido a uma agência do Banco do Brasil em Buíque,
no Agreste de Pernambuco. A operação foi conduzida pelo delegado de
Polícia de Delmiro Gouveia, Rodrigo Cavalcante.
O laudo final forneceu importantes elementos para a investigação que
apura a prisão de Fabrício Pereira da Silva, 21, ocorrida em 2 de
fevereiro do ano passado, durante inspeção de um ônibus que faz o
roteiro Paulo Afonso/BA a Aracaju/SE. Após atitude suspeita, o acusado
foi flagrado com uma balaclava, dois cartuchos de fuzil, calibre 762, e
as sacolas com o dinheiro.
Por se tratar de um caso atípico e com considerável volume, as
peritas criminais do setor integrante das perícias laboratoriais do IC
examinaram o material apreendido para constatar a autenticidade das
cédulas e sua origem.
Andrya Amorim, Lídia Tarchetti, Márcia Yanara e Rosana Ramalho
analisaram 1.613 fragmentos de cédulas mutiladas e dilaceradas, sendo
312 fragmentos de R$ 10,00; 358 de R$ 20,00; 714 de R$ 50,00 e 229 no
valor de R$ 100,00.
A chefe da seção, Lídia Tarchetti, explicou que as peritas traçaram
uma metodologia diferenciada de trabalho, pois não há, no Brasil,
recomendação de procedimento por amostragem em perícia documentoscópica.
Inicialmente, elas submeteram o material à mensuração, de acordo com as
regras do Banco Central do Brasil, que determina o valor de troca de
cédulas mutiladas.
“Após a seleção prévia, foram realizados exames diretos, por meio das
análises óptica e tátil, e indiretos, auxiliados por instrumentais,
onde se verificou que as cédulas examinadas ostentavam a textura do
papel fiduciário, impressão calcográfica, coloração e nitidez com
semelhança que se verifica em cédulas autênticas”, explicou Tarchetti.
Além disso, registraram-se definição de fundos especiais e a presença
de elementos de segurança, variáveis de acordo com a porção das cédulas
apreciadas, tais como microimpressões, alto relevo da legenda
‘República Federativa do Brasil’; quebra-cabeça ou registro coincidente;
marca d’água; fio de segurança; número escondido; elementos
fluorescentes sob luz ultravioleta.
“No tocante à autenticidade, informamos que os materiais são
originais. Os fragmentos dilacerados, que possuem valor de troca,
totalizaram a quantia de R$ 11.350 na posse do suspeito. Com referência à
origem, foram encontrados lacres com inscrições relacionadas à agência
do Banco do Brasil de Buíque/Pernambuco”, afirmou a perita criminal.
No momento dos exames periciais, também foram verificados que alguns
fragmentos das cédulas de R$ 50,00 apresentavam manchas pardo-
avermelhadas, que foram submetidas a teste imunocromatográfico, dando
positivo para presença de sangue humano.
Após esse exame, os materiais contendo vestígios biológicos de
interesse criminalístico foram devidamente acondicionados e lacrados e
ficarão custodiados no Instituto de Criminalística para posteriores
exames que se fizerem necessários.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
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