Dia da mulher na PM: capitã Luciana, mais antiga oficial do seu posto no policiamento das ruas
Dia da mulher: capitã Luciana, mais antiga oficial do seu posto no policiamento das ruas
Durante o serviço, oficial percorre unidades de ensino da cidade para garantir a segurança da comunidade escolar
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A
capitã Luciana Leite Sarmento, do Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc) é
a mais antiga capitã da corporação destacada em unidade operacional em
Alagoas. A militar ingressou na corporação no ano de 1992, integrando a
primeira turma de oficiais femininas formadas no Estado e em 2016
contabiliza 24 anos de serviço, quase a totalidade deles nas ruas.
Neste período, a oficial passou por unidades de área e especializadas
como Batalhão de Guardas, 4º BPM, Batalhão de Eventos, 5º BPM e a
extinta Companhia de Polícia Feminina. Hoje, ela é a responsável pela 2ª
Companhia do Batalhão de Polícia Escolar, que foi também sua primeira
Unidade, em 1995, quando concluiu o Curso de Formação de Oficiais (CFO).
O BPEsc é responsável pelas atividades específicas de policiamento
escolar, com área de atuação na cidade de Maceió, atendendo cerca de 550
escolas cadastradas, das redes municipal, estadual e particular.
“A atividade do BPEsc é voltada a atender à comunidade escolar,
executando além do policiamento preventivo, através de palestras e
campanhas, a articulação comunitária que envolve diretores, membros das
unidades de ensino, estudantes, pais e toda a comunidade. Paralelamente,
atuamos no policiamento ostensivo geral, dando apoio às ações das
demais Unidades e disponibilizando diversas modalidades de policiamento
com atuação em todos os bairros da capital alagoana”, esclareceu a
oficial.
Sobre
os momentos que marcaram a profissão, a capitã recorda uma ocorrência
quando estava como Oficial de Operações do 5º BPM e enfrentou uma
situação de troca de tiros com criminosos na Grota da Alegria, bairro do
Benedito Bentes.
“Era um domingo à noite, véspera do aniversário do meu filho e eu
confesso que tive receio de que algo desse errado naquele dia. O grupo
acabou conseguindo fugir por uma região de mata e nós retornamos ao
patrulhamento. Muitos fatos foram marcantes, mas este ficou na memória”,
relatou.
Identificação com a farda
Filha do ex-comandante da PM, coronel Benedito Leite, a oficial
admite que sempre teve admiração pela profissão. “Observava o uniforme
do meu pai e me imaginava desempenhando aquela função no futuro. Assim
que tive oportunidade, ainda muito jovem, prestei o concurso e fui
aprovada. Quase não dava para acreditar que a partir de então eu fazia
parte daquele mundo que tanto admirava”, recorda Luciana.
Casada
e mãe de dois filhos, de 16 e 20 anos, ela comenta que também tem o
apoio e a mesma admiração da família diante da profissão que escolheu, o
que possibilita que consiga administrar bem as diversas funções que,
como mulher, precisa acumular.
Sem experiência de preconceito
Ao
recordar sua trajetória na PM, a oficial lembra que apesar das
dificuldades enfrentadas inerentes à natureza da profissão, ela não tem
memória sobre situação significativa de preconceito que tenha sofrido.
“É claro que a resistência diante da presença da mulher existia, pois
a corporação até a nossa chegada era um espaço eminentemente masculino,
mas, particularmente, não recordo nenhuma experiência de preconceito
que tenha ficado marcada. É claro que isso não é uma realidade para
todas, possivelmente outras companheiras tenham experiências diferentes,
mas na minha trajetória sempre encontrei o respeito por parte dos
homens, acho que tive sorte nessa questão”, acredita, refletindo como a
mulher continua cada vez mais conquistando o seu espaço na sociedade, em
todas as áreas e funções.
A
capitã Luciana se prepara para o seu último ano na ativa, já que
ingressa na reserva remunerada, a aposentadoria do militar, em janeiro
de 2017.
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Por Ascom Polícia Militar de Alagoas
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