ALAGOAS: Profissionais da Enfermagem fazem a diferença na UE do Agreste
Apaixonadas pelo que fazem, profissionais levam dignidade e esperança aos pacientes
Profissionais colocam o amor a profissão acima de tudo e salvam vidas por amor ao ofício escolhido. (Foto: Adalberto Custódio)
“Anjos vestidos de branco”. Foi com essa frase que o paciente José
Carlos de Araújo, internado na Unidade de Emergência do Agreste para se
recuperar de uma fratura na perna, classificou os profissionais de
enfermagem daquela unidade hospitalar.
Esses profissionais assumem um papel vital na identificação de
soluções assistenciais e ajuda no melhor uso dos recursos, um desafio
crucial na área da saúde. Enquanto o médico trata a doença, o enfermeiro
cuida do ser humano, ao mesmo tempo em que atua como ouvidor, defensor e
mediador dos interesses do paciente, oferecendo dignidade até quando a
situação se agrava.
Há dez anos trabalhando na Unidade de Emergência, a enfermeira Hioga
Pimentel diz que sempre sonhou ser enfermeira. A principal influência
foi da mãe, que trabalhava como atendente de enfermagem.
“A prática do cuidado sempre foi muito presente em minha casa. Na
época não tínhamos tanta referência em postos de saúde e todos os
curativos e aplicação de injeções na família eram feitos pela minha
mãe”, disse a enfermeira.
Casada e mãe de dois filhos, Hioga diz ser profissionalmente
realizada, mas confessa que o profissional de enfermagem precisa de
maior reconhecimento.
“Ainda existe discriminação, tanto do lado profissional como
financeiro. É difícil ter que ouvir pessoas dizendo que se eu tivesse
estudando um pouco mais teria virado médica”, lamentou a enfermeira, que
se diz apaixonada pela profissão e que se o tempo voltasse faria tudo
novamente.
Com larga experiência em UTI e Emergência, Hioga lamenta a quantidade
de pacientes que chegam à Unidade vítimas da violência urbana. “A vida
hoje é algo banalizado. Aqui todos os dias chegam pessoas vítimas de
arma de fogo, faca, agressões físicas, acidentes de trânsito, enfim, é
necessário o fortalecimento de ações públicas mais eficazes para
combater essa guerra urbana”, afirmou a enfermeira.
Segundo ela, a maior recompensa do seu trabalho é perceber a melhora
psicológica e física do paciente, seja após um banho ou uma simples
palavra de afeto e esperança.
Paixão de Estagiária
Com apenas 24 anos e estudando o 8º período de Enfermagem na Ufal
Arapiraca, a jovem Emilly Araújo de Melo há um ano atua como estagiária
na Unidade de Emergência do Agreste, através da Liga Acadêmica de
Terapia Intensiva da Ufal.
Ela diz ter sido influenciada pelo pai, que há 12 anos trabalha na
recepção do hospital. “Meu pai não é da área Saúde, mas de certa forma
sempre me interessei em trabalhar num hospital”, disse a jovem
estagiária.
Hoje, trabalhando no mesmo local do pai, Emilly já decidiu sua opção
profissional. Após concluir o curso, ela quer se especializar na área de
UTI e Urgência e Emergência.
“A gente sai da academia com muitas teorias, mas na prática a coisa é
bem diferente. A Unidade de Emergência está sendo uma importante
extensão da minha faculdade, onde posso colocar em prática tudo o que
aprendi e, consequentemente, melhorar as minhas habilidades”, explicou.
Ao falar sobre humanização, a estagiária disse que todo paciente deve
ser tratado como se fosse alguém da família. “Nós que fazemos a área de
saúde não podemos ser meramente técnicos. Temos que ser, acima de tudo,
humanos e tratar cada paciente como se fosse um familiar”, completou.
Emilly disse ainda que sonha em terminar a faculdade e passar num
concurso público, se possível para atuar na própria Unidade de
Emergência do Agreste.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com informações da Agência Alagoas.
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