Alagoas está entre os sete estados brasileiros que possuem 100% de cobertura do Samu

Samu conta com 37 unidades, sendo duas Centrais de Regulação e 35 Bases Descentralizadas
Samu conta com 37 unidades, sendo duas Centrais de Regulação e 35 Bases Descentralizadas Ascom Samu (arquivo) Texto de João Victor Barroso

Qualquer um dos 3.351.543 alagoanos que precisarem de um socorro de urgência pode contar com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoas. Esteja no Alto Sertão ou no Litoral Norte, passando pelo Agreste, Baixo São Francisco e Zona da Mata do Estado, caso haja necessidade de atendimento pré-hospitalar móvel, basta ligar para o número 192, que uma equipe de plantão estará disponível para realizar o atendimento e salvar vidas.

Somente sete estados e o Distrito Federal possuem 100% de cobertura territorial do Samu. No Nordeste, além de Alagoas, Sergipe e Paraíba são contemplados totalmente pelo serviço. Nas demais regiões do Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS), o Samu está presente em toda faixa territorial dos estados do Acre e Roraima (Norte), Goiás e Distrito Federal (Centro Oeste) e Santa Catarina (Sul).

Para prestar uma assistência de qualidade ao povo alagoano e aos turistas que visitam o Estado, as Centrais de Regulação do Samu Alagoas, localizadas em Maceió e Arapiraca, possuem uma estrutura composta por 59 ambulâncias. Elas estão divididas entre Unidades de Suporte Básico (USB) e Unidades de Suporte Avançado (USA), nove motolâncias e um helicóptero para o Serviço Aeromédico.

Bases Descentralizadas – Segundo Josileide Costa, supervisora geral do Samu Alagoas, toda essa estrutura está distribuída em 37 cidades, sendo duas Centrais e 35 Bases Descentralizadas, localizadas a cada 30 km, o que assegura uma cobertura de 100 do território alagoano. “O Samu Alagoas está completando 17 anos em dezembro e construiu uma proximidade com a sociedade. E com a distribuição estratégica das Bases Descentralizadas, que garantem a cobertura de 100% do território alagoano, potencializamos a qualidade do atendimento pré-hospitalar”, destacou.


A Central Maceió do Samu Alagoas é responsável por coordenar 16 Bases Descentralizadas, localizadas em União dos Palmares, Viçosa, São Miguel dos Campos, Porto Calvo, Coruripe, Joaquim Gomes, São Luiz do Quitunde, Maragogi, Teotônio Vilela, Rio Largo, Murici, Marechal Deodoro, Barra de Santo Antônio, Colônia Leopoldina, São Miguel dos Milagres e Atalaia.

As outras 19 Bases Descentralizadas estão ligadas à Central de Regulação de Arapiraca e ficam localizadas nas cidades de Penedo, Ouro Branco, Delmiro Gouveia, Pão de Açúcar, Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, Cacimbinhas, Maribondo, Porto Real do Colégio, Campo Alegre, Mata Grande, Girau do Ponciano, São Sebastião, São José da Tapera, Inhapi, Piranhas, Olho D´Água do Casado, Batalha e Traipu.

Atendimentos - As equipes do Samu Alagoas são compostas por enfermeiros, condutores socorristas, médicos e técnicos de enfermagem. Todos estão preparados para atender casos de urgência, como vítimas de acidentes de trânsito, quedas da própria altura, ferimentos por arma branca e por arma de fogo, quedas de altura, afogamentos, queimaduras, casos obstétricos, atendimento psiquiátrico, casos clínicos como suspeitas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e suspeitas de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).

Outra ocorrência muito comum atendida pelo Samu são as transferências inter-hospitalares, fazendo o deslocamento de pacientes para hospitais de maior porte. Um dos pacientes que precisou desse atendimento foi o recém-nascido Ravy Azevedo, que foi transferido de Maceió até Recife (PE), com o intuito de corrigir uma cardiopatia congênita.

O transporte foi realizado pelo Serviço Aeromédico no início do mês de agosto, quando o bebê tinha apenas dois meses e quatro dias de vida. A mãe de Ravy, Alice Lins Azevedo, 24 anos, conta que o menino nasceu na Santa Casa de Penedo e, até ser transferido para o Real Hospital Português, no Estado vizinho, a criança ficou internada na unidade hospitalar penedense.

“Sou de Igreja Nova e fomos até Penedo para o Ravy nascer, mas, após o parto, os médicos perceberam esse problema no coraçãozinho dele. Quando me falaram que ele precisaria fazer uma cirurgia, fiquei desesperada, sem saber o que fazer. Mas, a equipe da Santa Casa conseguiu uma vaga para o meu menino em Recife e acionou o Samu para ser feito o transporte”, recordou, agradecida.

“No momento que soube que o Ravy iria para Recife de helicóptero com os socorristas do Samu, fiquei muito alegre, mas preocupada por não poder ir com ele. Entretanto, sabia que eles iriam cuidar bem do meu filho e iriam ajudar a salvar a vida dele. Só tenho a agradecer a todos que fizeram parte desse momento, tanto os profissionais do Aeromédico, como os socorristas da Base Descentralizada do Samu em Penedo, que também fizeram parte do atendimento”, disse a agricultora, ao informar que a cirurgia foi um sucesso e o pequeno encontra-se em recuperação.

Serviço Consolidado – Para Marcos Ramalho, secretário executivo de ações de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o serviço prestado pelo Samu é uma política pública de saúde já consolidada em todo o território nacional. “Não conseguimos imaginar o Brasil e a saúde pública sem a presença do Samu. Em Alagoas, com investimentos próprios do governo do Estado, como a aquisição de novos veículos, foi possível renovar a frota de ambulâncias, que ainda conta com veículos reserva. O Samu Alagoas faz a cobertura de 100% do estado, garantindo, assim, um atendimento mais próximo à população, para que os alagoanos sejam atendidos, no menor tempo possível, salvando vidas e evitando graves sequelas”, destacou.

Por Agência Alagoas

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