Água Branca comemora 142 anos de emancipação política nesta segunda-feira (24), confira a história do município

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Nesta segunda-feira, 24 de abril, o município de Água Branca, no sertão alagoano comemora 142 anos de emancipação política. Nesta data, a cidade se orgulha e lembra filhos e dos moradores  ilustres, a exemplo de Severino Pompeu de Siqueira Torres, Minervina de Siqueira Torres, do  Capitão Faustino Vieira Sandes (desbravador do município), Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres (Barão de Água Branca),  Teotônio de Siqueira Torres (Pai do Barão), Gertrudes Vieira Sandes (Mãe do Barão),  Joaquina Vieira Sandes (Baronesa de Água Branca - Primeira Esposa), Joana Vieira Sandes (Segunda Esposa), sendo a família Vieira Sandes,  que formou  o primeiro núcleo de povoamento e tornando-se o tronco dessa família em toda a região.

Hoje o município de Água Branca tem uma população de 20.422 mil habitantes de acordo com os dados do IBGE. Tem na arquitetura antiga um de seus maiores atrativos, Nossa Senhora da Conceição na Igreja Matriz, na Igrejinha do Rosário, no Centro Histórico da Praça da Matriz, na Casa do Barão de Água Branca e no calçamento da Praça Fernandes Lima.

Conheça a história do município

O território de Água Branca, em meados do século XVII  fazia parte das sesmarias de Paulo Afonso (BA) que compreendiam, também, os atuais municípios de Mata Grande, Piranhas e Delmiro Gouveia, sendo uma das cidades mais antigas do Estado. Foi denominada Mata Pequena, Matinha de Água Branca, até se tornar o município de Água Branca. O nome veio de uma serra da região, rica em fontes de águas muito limpas. Sua fundação se deve a três irmãos da Família Vieira Sandes, que liderados pelo Capitão Faustino Vieira Sandes, saíram da localidade de Boacica, hoje parte dos municípios de Igreja Nova e Porto Real do Colégio (Vale do Itiúba), para desbravarem o sertão Alagoano.
Os primeiros desbravadores dessas terras foram membros da família Vieira Sandes, oriundos de Itiúba, pequeno povoado próximo a Porto Real do Colégio, em Alagoas. Atraídos pelas riquezas da região, pastagens e fertilidades do solo, o capitão Faustino Vieira Sandes (desbravador do município) com seus irmãos, José Vieira Sandes e João Vieira Sandes arrendaram grande quantidade de terra aos sesmeiros e começaram a explorar a região. 

Em 1770 foi construída a primeira Igreja em plena mata, pelo Major Francisco Casado de Melo, equidistante de três núcleos de povoamento: Várzea do Pico, Olaria e Boqueirão, atualmente denominada Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Em 1º de junho de 1864, foi criada a freguesia de Nossa Senhora da Conceição, subordinada à Diocese de Penedo pela Lei nº 413. Até o século XVII, o território de Água Branca pertencia a Paulo Afonso (Província de Alagoas) conhecida pela denominação de Mata Grande da qual constituiu-se por muito tempo um distrito judiciário. À sesmaria de Paulo Afonso conhecida por Mata Grande, pertencia também o território do município de Piranhas, e hoje os atuais municípios de Delmiro Gouveia, Olho D'água do Casado e Pariconha. Em 24 de abril de 1875, o povoado foi emancipado e instituído a Vila de Água Branca.

Igreja Matriz de Água Branca/ Imagem Google
Por divergências políticas, a Várzea do Pico, onde se realizava as grandes feiras de gado, foi chamada Vila do Capiá e em 1893 passou a ser sede da vila de Água Branca. Em 1º de junho de 1895 a sede passou definitivamente à Vila de Água Branca. Somente em 02 de junho de 1919, através da Lei nº 805, a vila passa a categoria de cidade de Água Branca.

Com a evolução dos municípios do Estado de Alagoas, que teve inicio no ano de 1636, desencadeou-se o processo de independência de vários municípios alagoanos e dentre eles os atuais municípios de Mata Grande, Água Branca, Piranhas, Delmiro Gouveia, Olho D'água do Casado e Pariconha. 

Em 1903 chegou a região, vindo de Recife - PE, o cearense Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, que se estabeleceu vendendo couros de bovinos e peles de caprinos. 

Em 1914 ele instalou uma fábrica de linha com o nome de Companhia Agro Fabril Mercantil. Em 1921, Delmiro Gouveia conseguiu dotar o lugar de energia e água canalizada, vindo da cachoeira de Paulo Afonso. Em homenagem a este grande empreendedor, a vila operária recebeu o nome de Pedra, a "Pedra de Delmiro Gouveia" que passou a ser distrito através do decreto Lei nº 846 de 01 de novembro de 1938 da Intervenção Federal.

Em 30 de dezembro de 1943, através do decreto Lei nº 2902 que fixou a divisão administrativa e judiciária do Estado, a denominação vila, mudou e passou a se chamar Delmiro Gouveia. Porém o município só foi criado e emancipado em 16 de junho de 1952, pela Lei nº 1623, desmembrou-se de Água Branca.

Engenho de rapadura - imagem; Ruy Feitosa Falcão
Na época, Arnon de Mello, que era governador do Estado de Alagoas, sancionou a Lei nº 1628 que nos seus artigos estabelece:  

•Artigo 1º - Fica elevado à categoria de município, com os seus limites atuais e com a denominação de Delmiro Gouveia, o atual distrito de Delmiro, do Município de Água Branca.
•Artigo 2º - A sede do município será a atual vila de Delmiro que passará a categoria de cidade com o nome de Delmiro Gouveia.
•Artigo 3º - O Município de Delmiro Gouveia será termo judiciário da comarca de Água Branca, até que a lei dê cumprimento ao disposto no artigo 69, da Constituição do Estado.
•Artigo 4º - Esta Lei entrará em vigor a 01 de janeiro de 1954.
•Artigo 5º - Revogam-se as disposições em contrário

Em 01 de maio de 1962 através da Lei 2240 foi criado o distrito judiciário e o Cartório de Registro Civil de Pariconha. Em 05 de outubro de 1989 através da Constituição Estadual ouve o desmembramento (Emancipação Política) do povoado de Pariconha.

Principais Figuras Históricas de Água Branca

Capitão Faustino Vieira Sandes (desbravador do município),  Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres (Barão de Água Branca),  Teotônio de Siqueira Torres (Pai do Barão), Gertrudes Vieira Sandes (Mãe do Barão) Joaquina Vieira Sandes (Baronesa de Água Branca - Primeira Esposa) e  Joana Vieira Sandes (Segunda Esposa).

Dentre as figuras citadas destacou-se o Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres (Barão de Água Branca).

Foi um homem determinado, grande latifundiário, construtor de grandes obras e voltado ao progresso. Pernambucano, nasceu no dia 08 de dezembro de 1808, em um pequeno povoado denominado Cimbres, no Estado de Pernambuco, chegando a falecer no dia 29 de janeiro de 1878. Nesse período, casou-se duas vezes. A primeira vez com a Srª Joaquina Vieira Sandes com quem teve três filhos: Severino Pompeu de Siqueira Torres, Minervina de Siqueira Torres, Joana de Siqueira Torres, e a segunda vez com a Srª Joana Vieira Sandes (Baronesa de Água Branca) com quem teve oito filhos: Cícero Joaquim de Siqueira Torres, Joaquim Antônio de Siqueira Torres, Miguel de Siqueira Torres, Manoel de Siqueira Torres, Antônio de Siqueira Torres, Alexandre de Siqueira Torres, Luiz de Siqueira Torres, Brandina de Siqueira Torres.

Casa do Barão de Água Branca

Casa de nº 01, situada à rua Barão de Água Branca onde residiu o Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres (Barão de Água Branca).
 
Casa do Barão de Água Branca/ Imagem Google
O Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres, recebeu do Papa Leão XIII, a comenda de São Gregório por ter construído no ano de 1871, com recursos próprios, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, um dos mas belos templos do Estado de Alagoas e ter ordenado a padre dois filhos: Pe. Cícero de Siqueira Torres e Joaquim Antônio de Siqueira Torres. Recebeu também do imperador D. Pedro II o título honorifico de Barão de Água Branca. Preocupado com a educação dos filhos , formou em Direito o Bacharel Miguel Archanjo de Siqueira Torres, que exerceu o cargo de Juiz de Direito desta Comarca, o Engenheiro Agrônomo Antônio Vieira Torres, que foi Coletor Federal no município e o Engenheiro Luiz de Siqueira Torres, que exerceu mandatos de senador e vice-governador do Estado de Alagoas.

Centro Histórico

O Centro histórico da cidade é representado pelas Igrejas, Casarios, Casa do Barão de Água Branca, Praça de Nossa Senhora do Rosário, Praça da Matriz e Praça Fernandes Lima. Este conjunto arquitetônico é um dos maiores atrativos. Além da beleza é realmente uma grande obra de arte. Pois possui na sua arquitetura o estilo Barroco e Colonial.

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Existe a Lei municipal nº 447/71 de 18 de abril de 2001, que dispõe sobre o Tombamento Municipal do Centro Histórico, Seus Entornos, Seus Monumentos Históricos e Ecológicos, publicada e registrada na Secretaria Municipal de Administração e Finanças da Prefeitura Municipal de Água Branca.

Por Redação Blog Adalberto Gomes Notícias com informações de Wikipédia

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