Mês de janeiro é dedicado à conscientização para prevenção da hanseníase
Hanseníase é caracterizada por manchas na pele e falta de sensibilidade Fotos: Carla Cleto |
Neste
primeiro mês do ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promove o
Janeiro Roxo, dedicado à conscientização dos alagoanos para a prevenção
da hanseníase, também conhecida como lepra. A doença milenar, que possui
relatos até na Bíblia, ainda está presente em Alagoas e tem seu
diagnóstico e tratamento assegurados na Atenção Primária do Sistema
Único de Saúde (SUS).
Caracterizada
por manchas na pele e com perda da sensibilidade, a doença é infecciosa
e contagiosa. Em 2017 foram registrados em Alagoas 307 novos casos e,
no ano passado, a Gerência de Vigilância e Controle das Doenças
Transmissíveis da Sesau contabilizou mais 334 novos casos.
Segundo
a assessora técnica da Gerência de Vigilância e Controle das Doenças
Transmissíveis da Sesau, Rafaela Siqueira, o diagnóstico precoce é
essencial para o tratamento e o não aparecimento de sequelas mais
graves. “O período de incubação da bactéria no corpo é muito longo e,
por isso, a busca ativa por casos deve ser realizada nas UBS [Unidades
Básicas de Saúde] dos municípios, por profissionais da Atenção Básica”,
explicou.
De
acordo com ela, os primeiros sinais da doença a serem observados são
manchas na pele, com perda de sensibilidade. “Nos primeiros sinais de
manchas na pele, com alteração da sensibilidade térmica ou dolorosa, do
comprometimento neural periférico em mãos, pés e face, é necessário
procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico”, recomendou.
Rafaela
Siqueira explicou que a hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen e
não é hereditária. “A transmissão se dá entre pessoas e, por isso, ao
apresentar a forma infectante e não se tratar, ela acaba eliminando o
bacilo pelas vias respiratórias, podendo transmiti-lo para outras
pessoas suscetíveis”, informou, ao acrescentar que, “ao tomar a primeira
dose do medicamento, a transmissão já é interrompida”.
Em
casos mais graves da doença, o paciente deve ser encaminhado para
centros de referência, que em Alagoas são quatro. Em Maceió, as
referências são o Hospital Universitário e o II Centro de Saúde; em
Arapiraca o atendimento ocorre no Centro de Referência Integrada de
Arapiraca e, em Delmiro Gouveia, o paciente deve ser atendido no
Ambulatório da Hanseníase.
Rafaela
Siqueira revelou que um dos desafios enfrentados pelos profissionais de
saúde diz respeito ao alto índice de abandono ao tratamento da doença.
“Em sua forma falciforme, a hanseníase tem um tratamento de seis meses
e, na fase multiforme, ele sobe para 12 meses, que pode ser prolongado
em casos específicos. Com o abandono do tratamento, a hanseníase volta
se desenvolver e ainda pode acarretar resistência à medicação”,
reforçou.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
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