HE do Agreste atende 419 mulheres vítimas de violência entre janeiro e julho em Alagoas
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Hospital de Emergência do Agreste é especializado no atendimento a mulheres vítimas de violência Davi Salsa |
Referência
no acolhimento a mulheres que sofreram algum tipo de violência, o
Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, atendeu 419
vítimas do sexo feminino violentadas sexual e fisicamente no período de
janeiro a julho deste ano. Os dados, divulgados pelo Serviço de
Epidemiologia Hospitalar, mostram uma redução da ordem de 10,7% no
percentual de atendimentos a essa modalidade de assistência, quando
comparados aos números do mesmo período de 2019, onde a maior unidade
hospitalar do interior do Estado recebeu 469 mulheres agredidas.
Os
atendimentos ocorreram por meio do Centro de Apoio às Vítimas de
Violência Sexual (CVV), implantado no HEA em outubro do ano passado, com
o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Por meio dele, a
vítima é acolhida, recebe apoio psicológico, social e a oferta da
Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) e de outras Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST).
Por
conta disso, o hospital vem monitorando diariamente os atendimentos
para reforçar o trabalho e ampliar a assistência humanizada às vítimas.
Isso porque, ainda de acordo com os dados repassados pelo Serviço de
Epidemiologia Hospitalar, os números revelam que a maior parte das
vítimas é de jovens com idade entre 15 e 29 anos.
O
levantamento também aponta que as vítimas são mulheres de cor parda e,
em sua maioria, possuem apenas o ensino fundamental. As estatísticas do
hospital mostram que as violências mais frequentes se referem a
agressões físicas e lesões autoprovocadas, devido a problemas
psicológicos.
De
acordo com a enfermeira Fernanda Albuquerque, coordenadora do Centro de
Apoio às Vítimas de Violência do Hospital de Emergência do Agreste, há
casos em que as vítimas chegam após 24 horas do ocorrido. Mesmo assim,
elas são acolhidas por uma psicóloga e uma assistente social para, em
seguida, serem encaminhadas para atendimento médico especializado e
realizam testes, exames e receberem acompanhamento.
Fernanda
Albuquerque salienta que as mulheres são acompanhadas pelo período de
seis meses, no município de origem ou mesmo no hospital. “Mas, existem
relatos de mulheres que sofreram violência sexual um ano atrás. Nesse
caso, como os testes só podem ser feitos até 72 horas após o ocorrido,
as vítimas recebem um acompanhamento especializado para a situação”,
acrescenta a coordenadora do CVV do HEA.
Por Agência Alagoas
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