Central de Transplantes promove ação de conscientização sobre doação de órgãos em Alagoas

Processo de captação de órgãos consiste em sensibilizar as famílias dos potenciais doadores
Processo de captação de órgãos consiste em sensibilizar as famílias dos potenciais doadores Foto: Carla Cleto
A Central de Transplantes de Alagoas promove nesta quarta-feira (19), às 14 horas, uma ação educativa que visa conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. O evento vai ocorrer próximo ao quiosque da McDonald's, no térreo do Maceió Shopping, localizado no bairro Mangabeiras.

Durante a ação, técnicos da Central de Transplantes irão sensibilizar a população para que cada cidadão se declare doador de órgãos em potencial e torne público o desejo para seus familiares. No evento, a população terá acesso aos serviços de aferição de pressão arterial, testes para hepatites B e C, testes de glicemia e entrega de panfletos informativos, além de orientações sobre a importância do ato de doar órgãos e tecidos.

Atualmente, 44% das famílias alagoanas entrevistadas pelos técnicos da Organização de Procura de Órgãos (OPO), recusam e desautorizam a doação dos órgãos de seus parentes em situações de morte encefálica. Para a coordenadora de enfermagem da OPO, Eleonora Carvalho, esse percentual pode ser muito menor, permitindo a realização de mais transplantes.

“Por esta razão, promover ações educativas junto à população é um dos projetos prioritários da Central de Transplantes de Alagoas. Com essa iniciativa, trabalhamos para reduzir o índice de recusa à autorização para doação de órgãos de pessoas com morte encefálica”, ressaltou Eleonora Carvalho.

Fila de Espera – Em Alagoas, atualmente 212 pessoas estão na fila de espera para receber um rim, uma para coração e outras 209 aguardam por uma córnea. Segundo Eleonora Carvalho, a doação de órgãos só poderá ocorrer se houver autorização da família.

Daí a importância do potencial doador, ainda em vida, manifestar esse interesse entre os mais próximos de sua convivência e esclarecê-los sobre o desejo de se tornar doador após a morte. “Para ser um doador de órgãos, basta avisar à família, elemento que tem se tornado o principal motivo para a não doação. Mas, além da falta de comunicação do potencial doador à família, ainda há desinformação sobre o tema e os tabus relacionados”, disse Eleonora Carvalho.

De acordo com ela, em Alagoas já são realizados os transplantes de rim, coração e córnea. Eles ocorrem na Santa Casa de Misericórdia, no Hospital Arthur Ramos, em Maceió, e no Hospital Chama, em Arapiraca.

Seja um doador – A morte encefálica, mais conhecida como morte cerebral, representa a perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida, como a ausência da consciência e da capacidade de respirar; o que significa que o indivíduo está morto. O coração permanece batendo e, é neste período, que os órgãos podem ser utilizados para transplante.

No Estado, quando o doador é uma pessoa falecida, podem ser retirados para transplante duas córneas, dois rins, fígado e coração. Ou seja, um único doador pode salvar até cinco vidas. Ainda é possível ser doador em vida, sem comprometer a saúde. Nesses casos, é possível doar rim e medula óssea. Ocasionalmente, também é possível doar parte do fígado.

Eleonora Carvalho explicou, ainda, que a família do doador não tem despesa alguma com o procedimento da doação, que é custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No País, 89% dos transplantes de órgãos são realizados pelo SUS, conforme dados do Ministério da Saúde (MS).

Os órgãos do potencial doador serão transplantados nos pacientes inscritos na lista única, segundo a compatibilidade entre o doador e a pessoa que precisa do órgão. A coordenadora de enfermagem da OPO frisou que, além de salvar pessoas, prolongando, em muito, a expectativa de vida, “a doação pode melhorar a qualidade de vida de quem precisa de um transplante, permitindo que esses pacientes possam retomar as atividades normais”, evidenciou.

 Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas

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