Expedição pelo Velho Chico levará interação entre pesquisadores e ribeirinhos em Alagoas

Imagem Assessoria

A 4ª Expedição Científica do Rio São Francisco, que acontecerá entre os dias 31 de outubro e 10 de novembro, será marcada pela intensa interação entre os pesquisadores e a população das cidades ribeirinhas por onde as embarcações passarão.

Além das doações de equipamentos, realização de exames e ações de saúde bucal, a Expedição promoverá atividades de divulgação científica, voltadas às comunidades. Durante quatro dias, pesquisadores de diversas áreas ministrarão palestras sobre temas atuais voltados à ciência, à tecnologia, à saúde e à sociedade.

As palestras acontecerão nos dias 1º, 7, 8 e 9 de novembro, iniciando sempre às 20h40, com duração de 20 minutos, com sessões de perguntas e respostas ao final das exposições. A transmissão para a população local acontecerá por meio de um projetor multimídia e os eventos também serão veiculados, simultaneamente, nas contas do Instagram e YouTube da Universidade Federal de Alagoas, como forma de abranger ainda mais espectadores.

De acordo com Emerson Soares, coordenador da expedição, as palestras são um meio de aproximação entre a comunidade científica e a população. “É uma forma de aproximarmos esse público geral com os trabalhos práticos e acadêmicos desenvolvidos no Baixo São Francisco. De certa forma, é um meio de transportar as pessoas para dentro do barco, por meio da internet”, explicou.

A interação entre os pesquisadores e as populações locais tem se mostrado bastante positiva para as comunidades. As ações socioambientais da expedição despertam o interesse de jovens e crianças pela ciência, ampliam a percepção sobre os impactos sociais e ambientais relacionados à crise hídrica e à poluição do Rio São Francisco e permitem que a população se perceba como parte da solução dos problemas, por meio da educação ambiental. A região do Baixo São Francisco é uma das mais afetadas.

“A iniciativa das palestras surgiu como mais uma camada de interação entre os pesquisadores e técnicos e a população. As expedições possuem um caráter prático da coleta de dados científicos, mas o objetivo delas também é de atuar de maneira em benefício das comunidades ribeirinhas, seja por meio das informações que subsidiarão políticas públicas voltadas para essas pessoas, seja por meio de ações que auxiliem na saúde e na educação ambiental dessas comunidades”, afirmou Emerson.

Pelas redes sociais

A transmissão simultânea pelas redes sociais da Ufal contará com o apoio da Assessoria de Comunicação da Universidade e será uma ferramenta na ampliação dos debates promovidos na Expedição para um público mais amplo, saindo de um alcance regional para um nacional e até internacional.

“As pessoas não poderão estar dentro dos barcos-laboratórios, por questões de logística e da covid-19, mas poderão acompanhar a Expedição on-line. E esse alcance maior nos permitirá atingir pessoas que não conhecem pessoalmente o Rio São Francisco, mas que têm interesse na temática. O modelo das nossas expedições tem sido um sucesso em caráter nacional e está sendo replicado em outras regiões do país. Estamos colaborando com isso também”, avaliou o coordenador.

As palestras tratarão de temas atuais, referentes a diversas questões como saúde pública, ciência e tecnologia, com uma linguagem menos técnica, pensada para atingir tanto o público leigo quanto o especializado.

A abertura dos eventos acontecerá, no dia 1º de novembro, com a palestra Das duas nascentes à foz do São Francisco, ministrada por Jackson Borges, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), seguida por mais duas atividades. Outras três palestras diárias acontecerão nos dias 7, 8 e 9 de novembro, sendo encerradas pela Aquarela dos Manguezais – uma viagem pelas cores do mangue, apresentadas pelo professor Alexandre Oliveira, da Universidade Federal de Alagoas.

Por Assessoria / Ufal

 

Nenhum comentário

Adalberto Gomes Noticias . Imagens de tema por MichaelJay. Tecnologia do Blogger.