Em Alagoas, com limite de 300 pessoas, eventos de fim de ano devem seguir regras do Decreto Nº 71.467/20
Durante entrevista coletiva, secretário Alexandre Ayres anunciou que eventos com mais de 300 pessoas estão suspensos em Alagoas em razão da Covid-19 Carla Cleto Texto de Nigel Santana |
Embasado
no Decreto Estadual Nº 71.467/20, de 29 de setembro deste ano, e
reiterando os cuidados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) no
enfrentamento à pandemia da Covid-19, o secretário Alexandre Ayres
anunciou, no início da tarde desta quinta-feira (3), que os
tradicionais Réveillons previstos para ser realizados em Maceió e nos
municípios do interior estão proibidos.
O titular da Saúde
Alagoas reforçou a necessidade de esses eventos respeitarem o limite
máximo de 300 pessoas, além de ser realizados em local aberto, com
respeito às normas sanitárias e distanciamento social.
“Nós
temos um Decreto Estadual que continua em vigência e que determina um
limite máximo de participação nestas festas de até 300 pessoas por
evento. Então, o que está sendo feito é simplesmente exigir o
cumprimento do decreto como questão objetiva. Não há possibilidade da
realização de eventos em Alagoas, neste final de ano, com capacidade de
público, acima de 300 pessoas. Consequentemente, todas as festas prévias
de Réveillon e festas de final de ano, que costumeiramente ocorrem em
Maceió, estão suspensas. Infelizmente, estamos em um momento de pandemia
e as festas não poderão ocorrer”, anunciou o secretário.
A
tomada de decisão, segundo Alexandre Ayres, é mais uma soma de esforços
do Governo de Alagoas no combate à Covid-19, no entanto não se pode
esquecer que o Estado tem se esforçado, diariamente, para que a retomada
econômica e turística esteja em paralelo às ações de saúde.
Como o diálogo e a transparência são premissas seguidas pelo Governo, o
secretário Alexandre Ayres destacou que a definição para suspender os
eventos de final de ano não foi unilateral.
“Antes de estar
aqui anunciando para sociedade, conversamos com os grandes produtores de
eventos em Alagoas, e de forma pública quero parabenizá-los pela
sensibilidade em acatar, unanimamente, a suspensão dos eventos. Os
próprios investidores deste segmento me falaram que não compensa
economicamente fazer uma festa com grandes artistas nacionais para um
público tão pequeno”, ressaltou o titular da Sesau.
Quanto à
fiscalização, Alexandre Ayres garantiu que, em caso de desrespeito ao
Decreto Estadual, as reprimendas da lei serão aplicadas pela autoridade
sanitária estadual, além da força policial num planejamento junto à
Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
Casos de Covid-19 – “Se
você trafega pela orla de Maceió ou passa por outros bairros da
capital, você percebe imediatamente que poucas pessoas estão precavidas,
usando suas máscaras. A mesma situação se repete em muitos municípios.
Claro que os casos da Covid-19 crescerão por conta desse descuido das
pessoas. É importante lembrar que o Governo de Alagoas tem feito a sua
parte, mas necessita de um esforço conjunto dos segmentos econômicos e
da população para evitar regressões de fases ou novos fechamentos. Digo,
seguramente, que não há possibilidade deste retrocesso como vem
ocorrendo em outros estados”, considera o secretário.
Em linhas
gerais, o secretário reforçou que enquanto autoridade sanitária pensa
na proteção dos alagoanos, a fim de evitar que haja uma infecção
descontrolada das pessoas. “Eu preciso pensar que Alagoas pode receber
milhares de pessoas de outros estados, assim como de outros países nesta
reta final de ano. Os turistas passarão seus dias por aqui, irão
curtirão seus eventos de Réveillon, iriam embora de nosso estado, mas o
vírus fica aqui. Ou seja, precisamos proteger quem mora em Maceió e quem
reside nos municípios do interior. Por isso a nossa decisão de
suspender os eventos. Lembrando que 95% dependem do Sistema Único de
Saúde [SUS], podem ser contaminadas e necessitam de tratamento e o
Estado tem a missão de salvar vidas”, finalizou Alexandre Ayres.
Por Agência Alagoas
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