Amantes não têm direito a dividir pensão com viúvos, decide STF
Supremo Tribunal Federal (STF) - Foto: Divulgação |
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta semana, que não há a
possibilidade de existência de duas uniões estáveis ao mesmo tempo. Com
isso, o colegiado impediu que amantes tenham direitos de dividir pensões
com viúvas.
A decisão foi tomada no
plenário virtual. Com um placar de 6 a 5, a Corte reafirmou que o país é
monogâmico e rejeitou um recurso em que se discutia a divisão de pensão
por morte de uma pessoa que, antes de morrer, mantinha uma união
estável e uma relação homoafetiva ao mesmo tempo.
Prevaleceu
o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que foi acompanhado
pelos ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Kassio
Nunes Marques e Luiz Fux.
Os ministros que divergiram foram: Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Marco Aurélio.
Os ministros aprovaram a seguinte tese a ser aplicada pelas demais instâncias da Justiça: “A preexistência de casamento ou de união estável de um dos conviventes, ressalvada a exceção do artigo 1723, §1º do Código Civil, impede o reconhecimento de novo vínculo referente ao mesmo período, inclusive para fins previdenciários, em virtude da consagração do dever de fidelidade e da monogamia pelo ordenamento jurídico-constitucional brasileiro”.
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