No Dia Internacional dos Museus, conheça a história do Museu Regional de Delmiro Gouveia
Imagem Adalberto Gomes |
Nesta segunda-feira, 18, é comemorado o Dia Internacional dos Museus. O dia foi criado em 1977, através da iniciativa do ICOM - Conselho Internacional de Museus, um organismo que integra a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O objetivo desta data é incentivar a população ao hábito de visitar e apreciar os museus, seja de arte moderna, clássica e contemporânea.
Em Delmiro Gouveia, sertão de Alagoas temos o Museu Regional de Delmiro Gouveia, um dos patrimônios histórico e cultural, localizado na Rua Visconde de Mauá (popular Rua da Lagoa), no centro da cidade. Ele foi inaugurado em 20 de fevereiro de 1989, e tem um acervo histórico e cultural, objetos, fotografias e documentos que contam a história de Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, fundador da Fábrica da Pedra e da Usina de Angiquinho.
No Museu estão também antigas peças da Estação Ferroviária, como o Eixo Motor, Bomba, Bomba a Vapor, Caldeira do Trem, Filtro e a Locomotiva, além de objetos históricos que contam um pouco da vida de Delmiro Gouveia, como aparelho de telégrafo, projetor de filmes, fotos da Fábrica da Pedra e da Hidrelétrica de Angiquinho e documentos históricos.
O prédio do Museu, uma antiga estação, fazia parte da antiga linha: A E. F. de Paulo Afonso, que foi construída por ordem do Imperador Dom Pedro II, entre 1881 e 1883, para evitar o trecho não navegável do rio São Francisco de forma a carregar as mercadorias pela margem esquerda do rio nesse trecho.
Inaugurada em 10 de julho de 1882, recebeu este nome por causa da grande quantidade de pedras que existiam no local. Em 1903, chegava na região Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, que com seu empreendedorismo construiu a Fábrica Companhia Agro-Fabril Mercantil, de linhas e toda a infraestrutura, inclusive uma usina de eletricidade, a Angiquinho, para poder movimentá-la. A fábrica acabou fechada não muito tempo depois de sua morte, em 1917. Por causa dele, o Povoado da Pedra na época, foi emancipado de Água Branca e em sua homenagem recebeu seu nome.
A ferrovia passou a ser chamada popularmente de Trem de Delmiro. A própria estação recebeu, no final de 1943, o nome Delmiro.
Apesar de de ser um dos patrimônios histórico e cultural mais antigo do município, o Museu necessita de uma revitalização para manter a estrutura preservada. Atualmente, o Museu estar sem energia elétrica, falta banheiros adequados para os visitantes, reparos na pintura e no telhado.
O Museu pertencia ao Grupo Carlos Lyra e, devido uma crise em 2016, a Fábrica da Pedra acabou sendo fechada e o Museu ficou sem energia elétrica, além de outros problemas físicos. Atualmente o Museu é administrado pela Prefeitura de Delmiro Gouveia.
No dia 14 de fevereiro de 2019, durante a inauguração do Memorial Delmiro Gouveia, ocorrida na festa de Emancipação Política do município de Delmiro Gouveia, o prefeito Padre Eraldo (PSD) anunciou em discurso que precisa de pelo menos R$ 200 mil reais para revitalizar o Museu. Ainda segundo o prefeito, o Museu seria repassado pelo Grupo Carlos Lyra ao município.
No dia 09 de janeiro deste ano, a Prefeitura de Delmiro Gouveia publicou em seu site uma matéria que informava o inicio de processo de recuperação física do Museu Regional, porém o que se foi visto e lido na matéria, foi apenas realizada uma dedetização no local.
Mesmo com todos os problemas de infraestrutura, os moradores de Delmiro Gouveia e turistas podem visitar e conhecer a história do Museu, todos os dias, das 9h às 17h30min. Durante a visita, moradores e turistas serão recepcionados pelo guia Clécio Lopes, que com seu carisma irá contar todos os detalhes da história de Delmiro Gouveia, da Antiga Estação e do Museu.
Este ano, devido a pandemia da Covid-19 em Alagoas, o Museu encontra-se com suas atividades museológicas temporariamente suspensas no período de quarentena para evitar a proliferação e contaminação da doença.
Por Redação Blog Adalberto Gomes Notícias
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