Acusado de matar a esposa natural de São José da Tapera em São Paulo é condenado há 33 anos de prisão em júri popular

Foto.: Reprodução Redes Sociais 

José Albert Menezes Santos, de 24 anos, acusado de matar a companheira, Maria Carolina Almeida Vieira, de 26 anos, natural da cidade de São José da Tapera,  Sertão de Alagoas, e jogar o corpo da vítima em um bueiro, em Santa Bárbara d'Oeste (SP), foi condenado a pena de 33 anos de prisão após julgamento que durou cera de 12 horas nesta segunda-feira (7). O réu cometeu o crime, em 2023, após desconfiar de suposta traição da mulher.

A pena ainda prevê multa e indenização de 100 salários mínimos para os filhos da companheira. A defesa do réu afirmou que já entrou com recurso sobre a decisão.

O crime ocorreu em setembro de 2023, segundo informações da Polícia Civil na época. O corpo de Maria Carolina foi encontrado em bueiro do Jardim Pérola, em Santa Bárbara, quando o funcionário de uma empresa fazia a manutenção no local. Ao abrir a tampa que dá acesso à tubulação se deparou com o cadáver, que é de uma mulher. 

Ao g1, o advogado de defesa, Gustavo Mayoral Guimarães, afirmou nesta terça-feira (8), que os jurados reconheceram integralmente as teses de acusação, que apontou as circunstâncias agravantes qualificadoras do crime, a seguir:

Motivo torpe

Asfixia

Recurso que dificultou defesa da vítima

Crime contra mulher por razões da condição do sexo

Violência doméstica e familiar

Ocultação de cadáver

"A defesa sustentou o desrespeito processual com a vítima, com o pai da vítima e a ausência de elementos investigativos contra o acusado. A defesa já apresentou recurso e pretende ver a aplicação da norma e das leis serem cumpridas, uma vez que entende que tiveram violações graves no curso da ação e também na audiência de júri. Aguardaremos a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo", afirmou o advogado do réu.

Julgamento

De acordo com informações do Tribunal de Justiça ao g1, nesta segunda-feira (7), o julgamento começou às 10h e tinha previsão de término para às 22h. Foram ouvidas nove testemunhas e o réu foi interrogado.

Prisão

O acusado foi preso em outubro de 2023. Na ocasião, o delegado do 3º Distrito Policial, Gabriel Fagundes Toledo Netto informou à EPTV, afiliada da TV Globo, que José Albert e a vítima, Maria Carolina Almeida Vieira, tiveram uma discussão em 18 de setembro daquele ano, após ele desconfiar de uma suposta traição.

"Ele pegou-a pelo pescoço, mediante uma chave de braço, e acabou asfixiando a amásia dentro do imóvel do casal. Permaneceu cerca de três horas com o corpo da residência e 2h, já do dia 19 de setembro, foi até uma tampa de bueiro, abriu a tampa que estava desencaixada, e jogou o corpo dentro da galeria. Então, ela dentro da galeria pluvial desde 19 de setembro", detalhou.

Ele também informou que o suspeito foi localizado após um trabalho de investigação, no local onde trabalha, e confessou o crime.

José Albert responde feminicídio e ocultação de cadáver, já que escondeu o corpo na galeria pluvial.

Na época, o delegado responsável pelo caso pediu a prisão temporária do acusado, para que ele permanecesse preso durante as investigações.

Relembre o caso

De acordo com Polícia Militar (PM), um funcionário de uma empresa fazia a manutenção no local e ao abrir a tampa que dá acesso à tubulação se deparou com o corpo.

Equipes da PM e do Corpo de Bombeiros se encaminharam ao local onde o corpo da mulher foi encontrado para fazer a retirada da vítima.

Moradores da região informaram à EPTV que um forte odor era sentido no local há cerca de um mês.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o corpo estava em estado de decomposição e foi retirado pelos bombeiros e policiais militares, sendo encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). O local foi periciado.

Por G1 São Paulo 

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