Professor Cícero Albuquerque defende os trabalhadores alagoanos no primeiro debate ao Governo do Estado
Imagem G1/AL |
O candidato ao Governo de Alagoas, professor Cícero
Albuquerque (PSOL) realizou a defesa dos trabalhadores alagoanos no
primeiro debate ao cargo de governador do estado, realizado na noite
desta segunda-feira (30), pelo portal 7 Segundos, em Arapiraca.
No
primeiro bloco do debate, no qual os candidatos respondiam o porque
queriam ser governadores de Alagoas, ele chamou o povo alagoano à
reflexão: “é preciso romper com essa história, começar uma nova etapa,
com o povo organizado e mobilizado. As velhas raposas da política
precisam deixar o povo em paz e o povo precisa assumir o seu destino com
as próprias mãos”, abordou, destacando que Alagoas é comandada por
oligarquias que detêm o poder há tempos no estado.
Entidades
civis fizeram perguntas aos candidatos e, para Cícero, a
vice-presidente da OAB em Alagoas perguntou quais seriam as propostas
para diminuição da violência de gênero e contra a população lgbtqia+. O
educador argumentou que não se faz uma sociedade mais justa oprimindo
essas pessoas e que isso só será feito através do respeito. “Essa
candidatura tem um compromisso com essa pauta e é um compromisso de
vida”, frisou.
Em
seu plano de governo, há um tópico só para propostas de combate à
violência contra a mulher e contra as minorias sociais, entre elas
estão, por exemplo, a criação de centros de referências de atendimento à
mulher em todas os municípios alagoanos, reforço de patrulhas Maria da
Penha com a utilização de viaturas e equipes das guardas municipais na
realização de visitas residenciais periódicas às mulheres.
Outras 11 propostas abrangem a segurança do público lgbtqia+.
Ainda
sobre a participação feminina na sociedade, o professor prestou
homenagem a candidata a vice na chapa, Eliane Silva. “Tenho muito
orgulho de ter Eliane na nossa candidatura. Uma mulher negra, mãe e avó,
vinda da periferia que sabe muito bem a luta das mulheres alagoanas”.
Em
um dos pontos altos do debate, Cicero trouxe a tona uma questão que é
de interesse público ao povo alagoano. “O prefeito de Arapiraca [Luciano
Barbosa] ficou como sapo no pé do boi no governo Renan Filho durante a
quatro anos. Ele foi praticamente botado pra fora do governo e você
assume o lugar dele, você substitui alguém, porque é de confiança dos
Calheiros e se presta a cumprir o papel que eles querem. Os Calheiros
acham que são donos de Alagoas e você legitima isso. Quais são suas
qualidades?”, questionou.
Paulo
Dantas limitou-se a dizer que sua trajetória mostra que é um homem
independente, “tenho responsabilidade, trabalho com transparência, que
me incomoda o sofrimento do outro e soluciono um problema”.
Cicero
elevou o nível do debate e trouxe a pauta da agricultura para a
discussão. Ele abordou a questão das isenções fiscais aos usineiros e
latifundiários em detrimento de políticas de incentivo aos agricultores
familiares no estado. “A isenção ao setor sucrocanavieiro é de R$ 240
milhões ao ano, o Estado não pode continuar servindo às oligarquias,
enquanto o povo vive à própria sorte. O pequeno agricultor, familiar,
camponês, esse terá incentivo sim”, garantiu.
Em
suas considerações finais, o professor e educador popular pontuou as
dificuldades de sua campanha frente à máquina eleitoral e as oligarquias
que enfrenta e ressaltou a viabilidade e o projeto de esquerda que
apresenta ao povo alagoano.
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