Dezembro Laranja: prevenção ao câncer de pele é o melhor caminho

Arte: Clara Fernandes.
Arte: Clara Fernandes.

O Dezembro Laranja é uma campanha nacional que tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção ao câncer de pele. A médica Káthia Tenório, dermatologista do Departamento de Saúde e Qualidade de Vida do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), explicou quais os sinais da doença, como se prevenir e as formas de tratamento.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o de pele corresponde a cerca de 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil, registrando em torno de 185 mil novos casos por ano. A médica esclarece que os principais fatores de risco pode ser a predisposição genética ou os hábitos de vida, como:

- Exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas - UV), principalmente na infância e adolescência;

- Exposição a câmaras de bronzeamento artificial;

- Possuir pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino;

- Histórico familiar ou pessoal de câncer de pele.

Sinais da doença e diagnóstico

O câncer de pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. A dermatologista afirma que apenas um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar a enfermidade, mas é importante estar sempre atento.

“Os principais sinais de que uma lesão pode ser um câncer de pele são: uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas erosões ou sangramento; uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho”, explicou.

Existem diferentes tipos, sendo os mais comuns os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. O melanoma é o tipo menos comum, porém o mais agressivo e letal.

A médica também informou que o diagnóstico precoce aumenta as probabilidades de cura na grande maioria dos casos. “A identificação em fase bem inicial ou ainda de lesões pré-malignas possibilita melhores resultados em seu tratamento, com maiores chances de cura e menores sequelas cirúrgicas inestéticas”, disse.

Tratamentos

Segundo Káthia, na maioria das vezes o tratamento do câncer de pele não-melanoma consiste na cirurgia para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada em nível ambulatorial.

“Já para casos mais avançados e para o câncer de pele melanoma, o tratamento vai variar de acordo com tamanho e estadiamento do tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, radioterapia e quimioterapia”, acrescenta.

Prevenção é o melhor caminho

A dermatologista aconselha evitar a exposição ao sol para prevenir a ocorrência de câncer de pele, principalmente nos horários em que os raios são mais intensos (entre 10h e 16h), bem como utilizar óculos de sol com proteção UV, roupas que protegem o corpo, chapéus de abas largas, sombrinhas e guarda-sol.

“Recomendações especiais devem ser direcionadas aos bebês e às crianças, por ser a infância o período da vida mais suscetível aos efeitos danosos da radiação UV, que se manifestam mais tardiamente na fase adulta”, lembrou.

O uso de filtro solar com fator de proteção (FPS) 30, ou mais, é indispensável, pois protege da radiação UVA e UVB. A aplicação correta é fundamental para assegurar a proteção, uma vez que a espessura da camada de creme aplicada, a frequência da aplicação, a transpiração e a exposição à água influencia na resistência do produto.

“O protetor solar deve ser usado todos os dias, mesmo quando o tempo estiver frio ou nublado, pois a radiação UV atravessa as nuvens. Lembre-se de proteger também os lábios, usando batons hidratantes e com filtro solar, especialmente quando ocorrer exposição prolongada ao sol”, reitera a médica.

Káthia ainda reforça a importância de consultar um médico dermatologista no mínimo uma vez ao ano, para a realização de um exame completo.

 Por TJ/AL

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