Em Maceió/AL, mais de mil pessoas com Covid-19 receberam alta no Hospital da Mulher
Jaílson Correia Mota se recuperou da Covid-19 e agradeceu equipe do Hospital da Mulher
Marcel Vital
Texto de Marcel Vital |
Desde
a mudança do seu perfil assistencial, no final de março de 2020, o
Hospital da Mulher (HM), situado no bairro Poço, em Maceió, e mantido
pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), já tratou, recuperou e deu
alta hospitalar a 1.237 pacientes que tiveram Covid-19. Conforme o Setor
de Estatística da unidade hospitalar, até o final da tarde desta
quarta-feira (6), foram contabilizadas, ao todo, 774 altas hospitalares
nos leitos da semi-intensiva, 147 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e
316 na UTI Pediátrica.
Feliz
por ter vencido a doença, o subtenente do 3º Batalhão da Polícia
Militar (PM), Jaílson Correia Mota, de 52 anos, que esteve internado por
cinco dias num dos leitos da semi-intensiva, relatou que três fatores
foram decisivos para sair vivo do Hospital da Mulher. De acordo com ele,
além da vontade de viver e o amor da família e dos amigos, a dedicação
da equipe multidisciplinar do Hospital da Mulher foram essenciais no seu
processo de recuperação.
“Quero
agradecer ao nosso eterno e soberano Deus, por me conceder mais uma
chance de viver, e, claro, a todos os profissionais deste hospital, que
sempre estiveram presentes durante o meu tratamento”, agradeceu o
subtenente. Na saída do Hospital da Mulher, ele foi recepcionado ao som
de música, executada pelo cabo Washington Anselmo, saxofonista do Centro
Musical da PM, sob aplausos efusivos de servidores da unidade
hospitalar e de seus colegas de farda.
Outro
exemplo de superação é o casal Antônio Pedro de Oliveira, de 68 anos, e
Josefa Maria de Oliveira, conhecida como “Zeza”, de 64 anos. Juntos há
50 anos, Josefa passou 18 dias internada, sendo 12 na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) e seis dias na semi-intensiva, enquanto Antônio teve de
ficar oito dias internado num dos leitos clínicos.
“A
gente tá saindo hoje daqui pra viver junto de novo, criar os nossos
filhos, netos e bisnetos. Os profissionais que trabalham aqui são
verdadeiros anjos. A gente está voltando pra casa com a saúde
revigorada”, disse o marido de “Zeza”, ao sair do elevador, segurando a
plaquinha “Eu venci a Covid”.
Já
Josefa se emocionou e agradeceu por todo o cuidado e carinho que teve
durante sua estada no HM. Assim como o marido, ela elogiou a assistência
da equipe multidisciplinar e a limpeza do local. “Entre tantos
hospitais, a gente teve que ser atendido aqui. Nada é por acaso. Deus
sabe o que faz. Cada profissional que entrava na enfermaria tratava a
gente como se fosse alguém da família”, salientou.
Com
a gratidão estampada em seu rosto, Zeza elogiou o pessoal da limpeza,
afirmando que eles estão “de parabéns porque deixavam tudo organizado,
limpo e cheiroso”. Com lágrimas no rosto, a dona de casa afirmou não
haver nada que pague o tratamento recebido. “Deixa isso tudo passar pra
gente fazer um almoço lá em casa como forma de agradecimento a cada um
que cuidou tão bem da nossa saúde”, prometeu.
Dedicação profissional
– Para a infectologista e gerente médica do HM, Sarah Dominique
Dellabianca Araújo Holanda, a marca de mais de 1.200 altas de pacientes
que tiveram Covid-19, comprova o envolvimento e a competência de todos
os profissionais que tem se empenhado, dia e noite, para salvar vidas e
superar os desafios desta pandemia.
“Esse
número mostra a sensação do dever em cumprimento, pois a pandemia ainda
não acabou. O nosso trabalho volta a ser de maneira intensiva depois de
um período de tranquilidade nas hospitalizações. A meu ver, 1.237 altas
hospitalares significam que estamos desempenhando um trabalho bom,
justo e digno à sociedade alagoana, que é o que propomos a fazer
diariamente”, ressaltou.
A
gerente médica do HM salientou, também, a importância do trabalho
humanizado, realizado pela equipe multidisciplinar da unidade
hospitalar. “Hoje, como temos um trabalho ainda mais humanizado, vemos
que a recuperação do paciente, sobretudo nos leitos da semi-intensiva,
dá-se de maneira mais leve, do ponto de vista emocional, já que eles têm
acesso às famílias, seja por meio das visitas virtuais ou guiadas,
ferramentas que não dispúnhamos. O Hospital da Mulher segue contribuindo
para o combate à pandemia, usando toda sua expertise e oferecendo aos
pacientes uma assistência em saúde de qualidade no SUS [Sistema Único de
Saúde]”, garantiu.
Por Agência Alagoas
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