Mães e filhos: Quando os laços se intensificam no ambiente hospitalar em Alagoas

Imagem Repórter Fotográfica: Neide Brandão
Uma lesão na perna direita da pequena Sofia dos Santos, de apenas três meses, é o motivo pelo qual ela e sua mãe, Valéria dos Santos (21), foram encaminhadas da Unidade Básica de Santana do Ipanema para o Hospital Geral do Estado (HGE). Do outro lado, na assistência  aos pacientes, estão a técnica de enfermagem Clarídice Menezes (63) e suas filhas, as enfermeiras Clarigleide  e Clarigleine Menezes. Todas interligadas pelos laços familiares e o amor intensificado nos corredores de um hospital. Este ano, o Dia das Mães será diferente para elas.

O ferimento infeccionado, decorrente de uma picada de inseto, causou inchaço na perna e febre na pequena Sofia. Uma lesão ulcerada foi diagnosticada e a faz ficar em observação no hospital e em uso de antibióticos  precisos. Valéria, mãe de outra criança de três anos, ainda está assustada. “Tudo foi muito rápido, de repente estava no HGE. É dificil! Estou aqui com ela e, ao mesmo tempo, com o coração também no outro que pede pela mãe  todos os dias. Esse Dia das Mães será complicado para mim, mas o maior presente que eu posso ganhar é ver a total recuperação da minha filhinha e voltar para casa, ao convívio  com o outro pequeno e com os familiares”, emocionou-se.

Na assistência, um trio de profissionais da enfermagem se dedica aos cuidados dos pacientes. Com nomes parecidos, as filhas da técnica de enfermagem Clarídice Menezes, Clarigleide e Clarigleine, ambas enfermeiras, ressaltam que o empenho da mãe e também da avó, Maria Aparecida Menezes, na área da saúde despertou nelas o mesmo interesse: cuidar do próximo.

“Tenho muito orgulho de minha mãe. Já tive a oportunidade de trabalhar, por um mês, no mesmo setor dela, quando tirei as férias de uma colega. Ela é uma profissional exemplar, competente, prestativa. Agrega, acolhe, escuta, aconselha. É conhecida e querida por todas as categorias de profissionais do hospital. Tenho até colegas que também a consideram como mãe! Se eu conseguir ser um pouco, só um pouco, da profissional que ela é, estarei realizada”, referiu Clarigleide, enfermeira na Tomografia do HGE e mãe de gêmeos.

Ela contou que seus filhos, um casal, são apaixonados pela avó que senta para brincar, pula e corre junto com eles. “Meu Dia das Mães não será completo este ano por não poder estar perto, abraçar, participar do almoço em família que fazemos todos os anos com ela. Devido a pandemia do novo coronavírus, nossos beijos e sorrisos serão via vídeos, no celular. Tentaremos passar todo nosso carinho e amor de filhos e netos desta forma. Muito da mãe e profissional que sou, devo a ela. Aprendo todo dia! É gratificante tê-la como mãe”, ressaltou.

Clarigleine, a outra filha, enfermeira no Centro Cirúrgico do HGE, ressaltou que cresceu escutando a mãe e a irmã discutindo casos da área de enfermagem. “Minha mãe é uma inspiração, cheia de amor e competência, sempre buscando o melhor para o paciente, assim como minha avó, que a ajudou a decidir pelo caminho da enfermagem, ela nos guiou também”, completou.

A mãe, dona Clarídice, trabalha no HGE há 23 anos, atualmente desempenha suas atividades profissionais na Unidade de Dor Torácica (UDT). Ela contou que, além das duas filhas no HGE, ainda tem uma terceira, também da área da saúde. Ela é psicóloga e trabalha numa empresa como gerente de negócios. A guerreira, dona Clarídice, tem ainda quatro netos.

“Mesmo não tendo nível superior, consegui, junto com meu esposo, despertar nelas o desejo de crescer profissionalmente e ajudamos no que foi preciso. Tenho em mim o prazer em cuidar de outros! E vejo o mesmo nelas. É maravilhoso trabalhar no mesmo ambiente que as filhas. Poucas mães vivenciam isso, têm esse privilégio! Eu tenho orgulho em saber que, as escolhas delas foram por ver em mim um exemplo de envolvimento, dedicação e amor na minha área de atuação”, comemorou.

Por Ascom Sesau

Nenhum comentário

Adalberto Gomes Noticias . Imagens de tema por MichaelJay. Tecnologia do Blogger.