TJAL discute história de Lampião em evento alusivo aos 85 anos da morte do cangaceiro

Evento foi realizado no auditório da Uninassau. Foto: Mara Almeida

Os 85 anos da morte do rei do cangaço foi marcado pelo seminário “Lampião e a Verdade Histórica”, promovido nesta sexta-feira (28), no auditório da Uninassau. O desembargador Tutmés Airan de Albuquerque e o juiz e historiador Claudemiro Avelino de Souza participaram do evento como mediador e debatedor, respectivamente. 

Além do rico debate, o público também assistiu a um documentário especial produzido pelo Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) sobre a trajetória de Virgulino Ferreira da Silva, morto pela polícia no dia 28 de julho de 1938, na fazenda Angicos, sertão de Sergipe.

“Esse debate é importante porque se há uma figura controvérsia, portanto uma figura que atrai a atenção no Nordeste, é Lampião. Ele é, quer queira, quer não, uma marca que fez história e que de alguma forma explica o funcionamento de parte do Nordeste hoje, onde parte o questionamento de se trata de um herói ou de um bandido? Há todo uma história a ser contada”, comentou o desembargador Tutmés Airan.

O seminário também contou com uma exposição de livros do acervo pessoal do magistrado Claudemiro Avelino sobre o cangaço. Para ele, é muito importante que o Poder Judiciário também esteja participando dos debates sobre o Lampião.

“Nessa coleção de livro que nós trouxemos para mostrar aos alunos nós encontramos exemplares da década de 1920, Lampião é morto em 1938, mas na década de 20 já se escrevia sobre o cangaceirismo. Esse tema sempre interessou e depois da morte dele com razão, eu até brinco com o pessoal, aí a turma ficou sem medo de falar mal dele, aí foi que escreveu com vontade. Catalogados tem mais de 1300 obras, isso livros em si, fora a literatura de cordel, que também é vastíssima”, disse o juiz.

O jornalista e historiador João Marcos Carvalho abordou várias das teorias da conspiração sobre a morte de Lampião e explicou ao público, com base em documentos históricos e pesquisas, que elas não poderiam ser reais.

“Entre as teorias temos a de que ele entrou no cangaço para vingar a morte dos pais, que não é verdade, os pais dele faleceram três anos depois dele se tornar cangaceiro. Tem a teoria de que ele não foi morto no Angico, mas que fugiu para Minas Gerais, ou que fugiu para Pão de Açúcar, em Alagoas. Então são várias teorias da conspiração que a gente prova que, são como eu disse, teorias da conspiração”. 

O professor da Uninassau, Josival Nascimento, também participou da mesa de debates do seminário.

Por Ascom TJ/AL

 

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