Alagoana de Palmeira dos Índios levou bandeira Olímpica com Marta na abertura dos jogos
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Rosa Celia Pimentel Barbosa |
Nem todos os alagoanos que assistiram ontem a bela abertura dos jogos
perceberam, mas a jogadora Marta não foi a única alagoana entre os seis
brasileiros que tiveram a honra de levar a bandeira Olímpica no evento
transmitido ao vivo para o mundo inteiro. Além da jogadora de Dois
Riachos, do Sertão de Alagoas, a médica cardiologista Rosa Celia
Pimentel Barbosa, nascida em Palmeira dos índios, carregou a bandeira
pelo espírito olímpico – sendo uma das duas únicas não atletas a segurar
a bandeira, sendo a outra a a ex-presidente do Supremo Tribunal
Federal, Ellen Gracie.
Fundadora e presidente do Pro Criança Cardíaca, instituição voltada para
o atendimento cardiológico de crianças carentes, a cardiologista
infantil Rosa Barbosa é uma das médicas mais respeitadas do país.
Oriunda de uma família humilde da cidade do agreste alagoano, ela
conseguiu com muito esforço cursar Medicina na Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ) e, após atuar intensamente nos hospitais da rede
pública, mudou-se para Londres para se especializar em cardiologia
pediátrica - sem saber uma palavra em inglês, língua que aprendeu em
poucos meses. Após seguir seus estudos com um curso de especialização no
Texas Children Hospital, nos EUA, e aposentar-se, em 1989, da rede
pública, a alagoana passou 6 meses sabáticos no Children`s Hospital
Medical Center, em Boston, para um aprofundamento nas novas técnicas no
tratamento das doenças cardíacas da criança.
Retornando ao Brasil, Dra. Rosa, como é conhecida, implantou o
departamento pediátrico do Hospital Pró Cardíaco e instala a sua clínica
particular, a Clínica Cardiológica Infantil (CCI), localizada bem
próxima ao hospital. Em 1996, movida pelo grito de socorro de mães
pobres com sua criança doente e sem conseguir atendimento na rede
pública hospitalar, a médica fundou o Pró Criança Cardíaca para o
atendimento da criança cardíaca carente. Desde então, recebeu diversas
premiações e homenagens por seu trabalho, como o título em Roma de
Embaixadora e Operadora da Paz no Mundo, a Medalha Tiradentes, concedida
pela Assembéia Legislativa do Rio de Janeiro, o Título de Médica do
Ano, cedido pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro,
além de inúmeras premiações em veículos de comunicação.
Nenhuma delas, contudo, com o mesmo alcance e visibilidade mundial como a
de ter levado a bandeira Olímpica ao lado da conterrânea Marta na
abertura dos jogos do Rio 2016.
Por Agenda A
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