Corpo do menino Dyllan Soares é sepultado em Arapiraca em clima de comoção e indignação
“Meu filho, você sabe
que eu não fiz isso. A gente se encontra no paraíso", disse a mãe
abraçada ao caixão; população quis linchá-la no velório

O
corpo do garoto Dyllan Taylor Soares, de 3 anos, acabou de ser
sepultado no Cemitério Pio XII, no bairro Baixa Grande em Arapiraca.
Em clima de muita emoção, poucas pessoas acompanharam o féretro que foi antecipado pela família por causa da comoção popular em frente à casa dos avós maternos da criança.
Em clima de muita emoção, poucas pessoas acompanharam o féretro que foi antecipado pela família por causa da comoção popular em frente à casa dos avós maternos da criança.
Desde a noite de ontem, quando começou o
velório no bairro Alto do Cruzeiro, centenas de pessoas foram até o
local. Algumas mais exaltadas queriam agredir a mãe da criança, Joyce
Souza. Por isso, a Polícia Militar foi acionada para fazer a segurança
dos familiares e amigos, todos muito abalados pelas circunstâncias, já
comprovadas, da morte do menino.
Na saída da residência onde aconteceu o
velório, carros da funerária, de familiares e amigos chegaram a mudar o
trajeto para o cemitério, na tentativa de despistar a imprensa e a
população.
Já no Cemitério Pio XII, a mãe da
criança mostrava-se abalada e chorava muito. Abraçada ao caixão, ela
despediu-se do filho, mostrando forte emoção. “Meu filho, você sabe que
eu não fiz isso. A gente vai se encontrar no paraíso”, disse.
Poucos minutos depois, ela entrou num carro, ainda amparada por familiares e tomou destino ignorado.
Na manhã desta sexta-feira (22), o
padrasto do menino, Meydison Alysson da Silva, de 22 anos, conversou com
a reportagem da Rádio 96 FM de Arapiraca, em sua chegada à Central de
Polícia de Arapiraca, para onde foi transferido.
Sem confissão
Ao contrário do que foi divulgado na
Delegacia de Homicídios na tarde desta quinta-feira (21), Meydison não
confessou o crime aos policiais. “Não fiz nada”, disse ele antes de
entrar na cela e afirmando, de forma monossilábica, que iria provar sua
inocência e que nunca tinha brigado com a companheira e com o menino.
Na próxima segunda-feira (25), o
delegado responsável pelo caso, Magaiver Luiz, vai ouvir o depoimento do
padrasto do menino Dyllan e convocará a mãe, familiares e pessoas que
entraram na residência da família após a morte da criança.
As investigações da Polícia Civil já
descobriram que no berço da criança foram encontradas manchas de sangue.
A PC tem dez dias para enviar o inquérito à Justiça. Joyce Soares pode
ser indiciada pela coautoria do crime, caso surjam mais provas contra
ela.
Por Diário de Arapiraca
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